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Ex-companheiros ressaltam espírito de liderança de Cléber Santana

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 04/12/2016 às 14:10
Nildo atuou com Cléber Santana na campanha do título Pernambucano do Sport de 2003. Foto: Davi Saboya/Blog do Torcedor
Nildo atuou com Cléber Santana na campanha do título Pernambucano do Sport de 2003. Foto: Davi Saboya/Blog do Torcedor

Líder, referência, participativo e brincalhão. É assim que os ex-companheiros de futebol do meia pernambucano Cléber Santana querem lembrar do capitão da Chapecoense, velado neste domingo (4) na sede do Sport, clube que o revelou. Os amigos destacam os reencontros marcados pelo meia quando chegava à cidade.

Campeão pernambucano em 2003 junto com Cléber Santana, Nildo destacou não só a boa campanha daquele grupo do Sport na Copa do Brasil, mas também as brincadeiras do amigo e cobranças que fazia a ele. "Ele pegava um balde de água gelada e jogava por cima no banheiro. Participava, brincava, por isso que todo mundo gostava dele. Cléber também não era de fazer muitos gols e eu sempre cobrava isso dele, de chegar na frente e poder ter um pouquinho mais de fome de gol. Ao longo da carreira, ele aprendeu isso, começou a fazer gols e deixa muita saudades", lembrou o também meia.

Cria da base rubro-negra da mesma época em que Cléber Santana se destacou, o ex-volante do Náutico e do Sport Everton, atualmente no Central, foi se despedir do amigo. "Ele gostava de estar sempre com a família e toda vez quando estava aqui no Recife procurava reunir aquele grupo que a gente tinha. Infelizmente, falei com meus companheiros, estamos reunidos em uma situação difícil e triste, que nunca imaginava acontecer. Perdemos um irmão, que tinha um coração enorme e fazia o bem", disse Everton.

O volante relatou a alegria de Cléber. De acordo com ele, o meia não podia ver ninguém triste, pois logo tentava contagiar com animação. "Fica a lembrança dele alegre. Cléber era esse cara que gostava de viver, gostava daquilo que fazia. A gente sabia que ele ia ser um jogador extraordinário", pontuou o amigo.

Dario, ex-volante, lamenta a perda de mais um amigo, ao lembra de Leonardo, morto em março. "É uma tristeza muito grande, perdemos mais um amigo, já tinha acontecido com Leonardo. Fica a lembrança de um cara sempre feliz com a vida, um exemplo de profissional. Toda vez que vinha jogar aqui, contra os clubes do Recife, eu ia visitar. Realmente, uma pessoa do bem", citou.

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Para o ex-zagueiro Sandro, Cléber era também uma fonte de informação para buscar bons jogadores. "A gente nunca imagina que vai acontecer com uma pessoa próxima, como aconteceu com a Chapecoense, com Cléber Santana. Com ele jogando em Santa Catarina, várias vezes liguei para pegar informação de jogadores, para trazer na época do Santa Cruz. Tínhamos um contato muito próximo", relatou.

Diferente dos outros, o atacante do Sport Túlio de Melo atuou com Cléber Santana na Chapecoense, na temporada passada. "Estive presente ontem em Chapecó. Com certeza o dia mais triste da minha vida, pois vi ali mães e pais chorando, filhos ainda acreditando que seus pais iriam abrir os olhos. Vi ali amigos e irmãos que fiz no futebol indo embora e famílias desoladas. Cléber era um cara sensacional, foi referência por onde passou, voz ativa nos clubes, importante demais dentro de campo e com certeza muito mais importante dentro do vestiário, pelo caráter, pelo homem que era e pelo exemplo para todos os jogadores", elogiou o atacante.

Ao lastimar a perda dos amigos, Túlio pede também atenção aos familiares das vítimas. "Embora seja um momento de muita comoção mundial, queria aproveitar para falar que as famílias têm que ser abraçadas. Eu fui informado que tem esposas que já não sabem como vão pagar as contas", cobrou o atacante.

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