É verdade que o trabalho do técnico Vadão não pode ser taxado de ruim na seleção feminina do Brasil. Foi com ele que o Brasil conquistou ouro no Pan-Americano de 2015 e fez uma boa apresentação na Olimpíada do Rio de Janeiro mesmo sem ser favorito. Mas a troca dele por Emily Lima, que comandou o São José-SP, é mais um passo para valorizar o futebol feminino no País. Já passou da hora de ter uma técnica na nossa seleção. Essa lacuna, porém, foi quebrada nesta terça-feira em uma rara bola dentro da Confederação Brasileira de Futebol.
Claro que antes de escolher alguém apenas porque é mulher é necessário que a pessoa em questão seja competente. E no caso de Emily ela tem a competência que se pede para o cargo, principalmente porque viveu o futebol feminino em todos os níveis. Foi atleta, trabalhou com a base e foi vitoriosa com clubes.
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A expectativa, contudo, é que o tratamento dado a Emily seja o mesmo que nomes como Vadão e outros homens tiveram na seleção antes. Não é apenas por agora ter uma mulher no comando que o Brasil vai mudar os problemas que tem na estrutura do futebol feminino. A CBF ainda precisa olhar com melhor a modalidade se quiser um dia ver um time campeão mundial ou olímpico. Mas não há dúvidas que a escolha de uma treinadora demonstra uma mudança de postura no futebol feminino.
