Grafite e Keno respondem por 48% dos gols do Santa Cruz. Foto: JC Imagem.
É óbvio que uma série de fatores contribuíram para a queda de rendimento do Santa Cruz, que virou sensação do Brasileirão ao liderar o campeonato no começo. Sistema de jogo manjado, erros do treinador na hora de escalar e substituir, falta de uma reposição mais qualificada são alguns aspectos já apontados e repetidos. Mas o grupo tricolor tem dois jogadores que, se não estiverem bem como agora, levam o time lá para baixo. A dupla de atacantes Keno e Grafite. A importância deles é tão grande que eles respondem por quase metade dos gols marcados pelos corais na temporada. Mais precisamente 48%.
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E também não é por acaso que os dois apresentam outro número expressivo em 2016. Empatam em segundo lugar na lista dos que mais jogaram. Foram 33 partidas para cada um, atrás apenas do goleiro Tiago Cardoso, que entrou em campo 40 vezes. Entre amistoso, Brasileiro, Copa do Brasil, Pernambucano e Nordestão, o time atuou 43 vezes.
O caso de Grafite e seus 16 gols em 2016 é sintomático. Ele iniciou a competição de forma arrasadora com seis gols nos três primeiros jogos - Vitória, Fluminense e Cruzeiro. Resultados: duas vitórias e um empate Nesse período, o Santa chegou a liderar a Série A. Nos nove jogos seguintes o camisa 23 balançou as redes apenas duas vezes e o Santa venceu uma e perdeu as demais. Ele marcou nas derrotas para Palmeiras (3x1) e Corinthians (2x1). Mesmo assim ainda é o vice-artilheiro com oito gols - Gabriel Jesus lidera com 10.
Vamos a Keno. Marcou nove vezes, mas a maioria delas na Copa do Nordeste (5). No Brasileirão foram apenas dois mas ele entra como destaque em outra estatística. É o jogador com mais assistências: 4. O problema é que três delas aconteceram entre a primeira e a quarta rodadas, justamente o período de invencibilidade do time. Depois de servir Arthur no empate pr 1x1 com a Chapeceonse na quarta rodada ele só veio repetir a dose na derrota para o Botafogo na última rodada.
