Foto: Bobby Fabisak/Acervo JC Imagem
Álvaro Filho, editor do Blog do Torcedor
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O fim do contrato do Governo do Estado com a Arena Pernambuco representa também o fim das pretensões de quem defende o arrendamento dos Aflitos para outros fins, como a construção de um shopping ou centro de comercial.
Se em pouco mais de três anos todas as promessas foram ao chão, não se pode confiar num contrato de médio, nem de longo prazo, como uma parceria de três décadas.
Se não houvesse, principalmente por parte da gestão que deixou o clube, a preocupação em se evitar que o processo de arrendamento seguisse no Conselho Deliberativo, o Náutico pior do que não ter um estádio em condições de receber jogos, não teria nem mais um estádio.
É bom que se lembre que havia uma "comissão imobiliária" no Conselho, com membros remunerados analisando propostas para o arrendamento. Um perigo que ainda não foi afastado de uma vez, pois há na atual gestão quem não se mostre totalmente convencido de que botar o estádio abaixo é uma péssima ideia.
Apesar das incertezas reveladas com a rescisão do contrato, há ainda entre as hostes da atual diretoria quem sonhe com o arrendamento dos Aflitos como a solução financeira para o clube.
Um sonho que dificilmente vai se concretizar.
Não se trata aqui de uma defesa de que o Náutico se afaste em definitivo da Arena, mas que o ocorrido ensine que um futuro acordo não deva excluir definitivamente o Aflitos dos planos.
Que a saída seja uma parceria inteligente, levando alguns jogos para a Arena, mas mandando outros de menor porte em seu próprio estádio. Uma alternativa que privilegie o equilíbrio.
Equilíbrio em nome da segurança.
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