Com a decisão anunciada pelo Governo de Pernambuco nesta sexta (4) de rescindir unilateralmente o contrato com a Arena Pernambuco pode levar também à quebra do acordo entre o Náutico e a Arena.
O presidente do Náutico, Marcos Freitas, disse que aguarda com apreensão a convocação do Governo de Pernambuco para discutir as novas bases. "Ainda não estamos a par do que pode acontecer, mas o Náutico está atento para que o direito dele seja mantido. Se as partes não entraram em acordo, nós não podemos ser prejudicados", disse.
O dirigente não descartou a hipótese que o Governo decida "fechar as portas" da Arena a partir de segunda, após o clássico entre Náutico e Sport, e o clube tenha que jogar em outro estádio. "É uma possibilidade, mas não acredito que aconteça, afinal, isso mexeria com toda a tabela da competição".
Sobre deixar de receber a cota mensal prevista no contrato, Marcos Freitas foi pragmático. "O presidente anterior, Glauber Vasconcelos, não recebeu os últimos cinco meses e eu já vou dois sem receber. Neste quesito, não faz muita diferença", disse. A Odebrech teria deixado de repassar os valores, cerca de R$ 450 mil mensais, desde que o Governo cortou os repasses, no final de 2014.
O entendimento do presidente do Conselho Deliberativo do Náutico, Gustavo Ventura é de que o contrato entre o clube e a Arena perderá a validade. Segundo ele, o acordo do Alvirrubro é com a Odebrecht e se a empresa não tem mais o controle sobre o estádio, não faz sentido algum em este continuar em vigor.
"Ainda não estou de posse de todas as informações, mas é provável que o contrato do Náutico com a Arena perca o valor. O que pode acontecer agora é o Governo chamar o Náutico para negociar um novo termo", afirmou.
LEIA MAIS:
> Governo rescinde contrato com Arena Pernambuco