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Sport acerta em expulsar sócio que não "agrega à marca"

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 25/08/2015 às 10:46
Torcida Jovem convoca para associação em massa ao Sport
Torcida Jovem convoca para associação em massa ao Sport

Foto: Guga Matos/Acervo JC Imagem Foto: Guga Matos/Acervo JC Imagem

Apesar de ser uma medida mais simbólica que efetiva, a expulsão de membros de torcida organizada do quadro de sócios do Sport é uma atitude não só para ser aplaudida - e de pé - mas de tão importante merece ser igualmente analisada.

Antes de mais nada, a medida é simbólica pois é pouco provável que dentre os milhares de sócios do Sport, apenas 20 sejam de torcida organizada. Na prática, outros integrantes devem continuar no quadro de associados.

Mas isso, repito, em nada embaça o gesto da direção rubro-negra.

Gesto que antes de um teor de preocupação social ou de segurança pública, atende - até de forma atrasada - à nem tão nova assim realidade do futebol ser um produto cada vez menos inserido no campo lúdico e cada vez mais imerso no ramo da indústria de entretenimento.

Em outras palavras, e isso não devia ser novidade para ninguém, futebol é negócio.

E nesse nem tão novo cenário, a torcida tem uma função maior que bater palma para o time e vaiar o adversário.

No contexto do futebol como negócio, o torcedor é antes de tudo um consumidor que, movido pela paixão - às vezes cega - não mede esforços, incluindo financeiros, para mostrar seu amor pelo time, ou no caso, pela marca.

É bom lembrar que as empresas gastam milhões em publicidade para estabelecerem um laço de fidelidade entre os clientes e seus produtos, um esforço e custo que os clubes de futebol  não precisam desprender pois a almejada fidelidade já faz parte do pacote, é de graça e em abundância.

Bem, nesse cenário, não faz sentindo nenhum manter como torcedor um cliente que, para usar um termo caro ao ramo dos negócios, não "agrega" nada à "marca Sport". Um consumidor que não consome os produtos oficiais, pelo contrário, compra a marca da própria torcida organizada, provomvendo evasão de receita que iria para o clube.

Como se não bastasse desfalcar o clube financeiramente, deprecia ainda mais a "marca Sport" ao associá-la com vandalismo, roubos, tráfico de drogas e pirataria, de quebra afastando os torcedores com potencial de consumidores que, apesar do amor ao clube, têm com toda razão mais amor pela própria vida.

Enfim, para quem tem que pagar todo mês uma folha na casa dos milhões de reais, não faz nenhum sentido manter um relacionamento, nem afetivo, menos ainda comercial, com um torcedor que no papel de consumidor não cumpre a sua função na indústria do futebol.

LEIA MAIS:

>> Sport exclui membros de torcida organizada do quadro de sócio

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