Outro dia eu escrevi que o problema do Náutico não é com a imprensa, é com o próprio Náutico. Pois bem, dois dias depois, o Conselho do clube afastou o diretor do CT, Daniel Hazin.
Mais um exemplo de Náutico versus Náutico.
Antes de mais nada, não custa lembrar que Conselho e Executivo, pelo calendário das eleições nos Aflitos (o presidente se renova a cada quatro anos, e os conselheiros, de oito em oito), foram eleitos em momentos diferentes e divergem politicamente.
O que não teria nada de mais, pelo contrário, seria até salutar, caso houvesse maturidade de ambas as partes e preocupação exclusiva com o clube.
Não defendo, nem condeno a gestão de Hazin, não é meu papel, inclusive. Abaixo, deixo os links do que o Executivo pensa e a nota de esclarecimento do Conselho e cada alvirrubro tira a sua conclusão, pois ninguém é dono da verdade.
Só queria dizer aqui duas coisas, como um observador distante:
1) Existem momentos e momentos para se tomar decisões e acho que o atual não é o mais propício, com o clube a duras penas se mantendo no G4, praticamente com meio caminho de Brasileiro andado. Qualquer instabilidade agora pode influenciar no rendimento do time, afinal, os jogadores treinam no CT, um CT agora com o diretor afastado, o que definitivamente não vai ajudar em nada. Nunca é demais lembrar que caso o Náutico suba para a Primeira Divisão, a receita quadruplica e mais e mais melhorias podem ser feitas.
2) Falando em jogador treinando no CT, o que mais a gente ouve são os atletas elogiando a estrutura, e não, criticando-a.O que deixa uma estranheza no ar sobre a atual condição do local, afinal, não são os senhores conselheiros que calçam as chuteiras e correm atrás da bola ou se concentram no hotel. Se está funcionando até agora, custa nada esperar até o final da Série B, daqui a três, quatro meses, para resolver a questão?
Com essa picuinha, e a palavra é essa mesmo, picuinha, não ganha nem o Executivo, nem o Conselho. E perde o Náutico, mais uma vez.
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