Foto: AFP
Por mais que a prisão do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol José Maria Marin tenha tomado os sites de notícias nacionais e internacionais nesta quarta-feira, ela não traz praticamente nenhuma grande descoberta que a gente já não desconfiava. Não precisa ser gênio para suspeitar que não só Marin, mas boa parte da alta cúpula de CBF e Fifa estejam envolvidas em esquemas de corrupção. Surpresa mesmo foi que ele tenha sido preso junto com os outros dirigentes.
É claro que a demora para que alguma autoridade tomasse a iniciativa de investigar, e prender, Marin e companhia não tira o mérito da intervenção na Fifa. Nesse caso os aplausos devem ir para o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que encabeçou a operação executada pelo FBI. Pior para a Fifa, que enfrenta pela primeira vez um tribunal dos Estados Unidos. Dessa vez vai ser difícil escapar de algo que não seja a cadeia.
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No hall de acusações contra Marin e outros dirigentes internacionais os esquemas de corrupção nas escolhas das sedes das Copas de 2018 (Rússia) e 2022 (Catar). Só que a expectativa é que a lista de crimes fiscais seja muito maior, afinal o FBI investiga mais de 25 anos da entidade, o que inclui a gestão de João Havelange, por exemplo. Ou seja, podemos ter outros "bad boys" acusados, e presos, mais na frente. Entre eles pode estar Ricardo Teixeira, que vale a lembrança de ser muito ligado a Havelange no passado.
Por enquanto ainda é muito cedo para traçar qualquer prognóstico. As prisões e a investigação na Fifa trazem motivos para comemorar, sem dúvidas, mas é importante destacar que os dirigentes estão sendo detidos por conta de crimes internacionais que envolvem especialmente os Estados Unidos. O prato é cheio para que o FBI encontre outros delitos. O desejo fica para que tal operação seja ampliada para os esquemas da CBF. Ou alguém esqueceu quem estava no Comitê Organizador da Copa de 2014? Ele mesmo, Marin. Fica a dica, FBI e autoridades brasileiras. O dia histórico pode se tornar ainda maior.
Por fim, deixamos nossa humilde "homenagem" aos envolvidos. É só apertar o "play":
