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ANÁLISE: Briga Governo x Arena tem impacto no Náutico

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 02/04/2015 às 18:13

Foto: Thiago Wagner/Blog do Torcedor Foto: Thiago Wagner/Blog do Torcedor

O torcedor do Náutico tem que abrir o olho.

O vice-governador Raul Henry confirmou nesta quinta (2) na Rádio Jornal, o que o Blog do Torcedor já tinha antecipado, que entre as opções do Governo em relação à Arena Pernambuco está a de, inclusive, rescindir o contrato.

Claro que é uma medida radical e traumática, tanto que merecia inclusive um compreensível sigilo a fim de se evitar rumores. E se o responsável pelo Estado em negociar com a Arena já fala abertamente sobre o assunto, sei não.

Qualquer negociação do Governo com a Arena, não precisa nem chegar ao rompimento do contrato, tem impacto direto no Náutico. Afinal, o consórcio que gere o estádio vem honrando seus compromissos com o Alvirrubro utilizando o dinheiro do repasse governamental, já que lucro que é bom, nada, pelo contrário.

Se o Governo fechar um pouco a torneira, por exemplo, já rebate nos Aflitos, e talvez a Arena pare de achar um bom negócio jogo contra o Piauí, quinta às 22h, liberando o Náutico a jogar onde quisesse.

No caso, no escanteado Aflitos, que voltou ao noticiário nessa semana por ter o escudo do clube na margem do campo alvejado por um incauto pobre de espírito que simulava urinar nele.

Se Governo decidir romper com a Arena de vez, isso provocaria um efeito cascata e era bem provável que o consórcio também optasse pelo destrato com o Náutico.

Aí teria uma multa, você pode sugerir. Será? De quanto é?

Ninguém sabe, pois quem fechou o contrato com a Arena se apoia numa suposta "cláusula de confidencialidade" que proibiria revelar valores. Que funciona com o Náutico, mas não parece não funcionar com o Governo, que sem constrangimento algum vem soltando todos os números.

Em paralelo à confusão, há um projeto em análise no Conselho Deliberativo do clube de se utilizar a área da sede para construir um centro comercial e outros equipamentos, o que exigiria a demolição dos Aflitos.

Agora, a pergunta que vale milhões de dólares: e se o Governo romper com a Arena e a Arena romper com o Náutico, onde o time mandaria seus jogos?

Não faço aqui a defesa nem de se continuar com a Arena, nem de se voltar aos Aflitos, apenas lanço no tabuleiro as peças de um jogo que está sendo jogado sem que a torcida tenha conhecimento dos detalhes.

Por isso disse lá em cima e repito:

O torcedor do Náutico tem que abrir o olho.

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