Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Fica sempre aquela sensação de que o Santa Cruz não fez mais do que a obrigação em se classificar às semifinais, mas isso não quer dizer que não se deva reconhecer os méritos pela classificação.
E os méritos têm que ser divididos em partes iguais entre a diretoria, o técnico e o elenco.
A diretoria colhe os frutos de ter apostado no treinador, suportando a pressão da torcida quando os resultados não estavam aparecendo. Até porque a troca de técnico é sempre a saída mais cômoda, só que os caminhos para a vitória raramente são pavimentados pela comodidade.
Ricardinho também é digno de parabéns por que fez do Santa um time mais equilibrado em campo, capaz de defender e atacar consistentemente. Fora do gramado, o treinador tricolor, que dá seus primeiros passos sentado no banco de reservas, mostrou o sangue frio de gente madura para trabalhar sob pressão.
Por fim, não se pode deixar de reconhecer o esforço do elenco do Santa Cruz, que começou o Estadual perdendo um clássico em casa, descoordenado em campo e sem encontrar as vitórias, mas que não se deixou abater e seguiu a receita básica para conseguir superar as próprias limitações: trabalho, trabalho e trabalho.
O Santa chega e chega bem à semifinal.