A deprimente imagem do funcionário público acomodado que pendura o paletó na cadeira e passa o dia na repartição tomando cafezinho, carimbando preguiçosamente um papel de meia em meia hora, era a primeira que vinha à cabeça quando via o Sport em campo.
Um time com potencial para apresentar um trabalho melhor e mais eficiente, mas que se escorava na estabilidade proporcionada por um bom elenco para trabalhar apenas uma parte do expediente, carimbando um golzinho aqui e outro acolá, quando muito.
Um futebol que não era de campo, mas de birô, burocrático, com jogadores olhando para o relógio esperando a hora de bater o cartão e ir para casa.
Uma imagem que começou a se dissipar com a vitória contra o Socorrense.
Não que o simpático, mas obscuro adversário seja parâmetro para os desafios que o Sport terá no Brasileiro e até mesmo no Nordestão, todavia nunca é demais lembrar que contra esse mesmo Socorrense o Sport penou para vencer na rodada de ida, jogando na Ilha.
Eduardo Baptista tem mérito na metamorfose operada no time, exigindo produtividade da equipe e rendimento digno ao salário pago. Em Aracaju, não se viu ninguém pendurando o uniforme na cadeira, com a bola no pé e o copinho plástico de café na mão.
Pelo contrário.
Mas se não foi ainda uma apresentação brilhante, pelo menos não foi uma vitória opaca.
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