Técnico Eduardo Baptista desabafa após o gol de empate contra o Flamengo. Foto: Guga Matos/JC Imagem
Apesar do ponto ter sido conquistado nos acréscimos, o técnico do Sport, Eduardo Baptista, não gostou da atuação da equipe. Para ele, seus comandados não foram bem nos aspectos técnico e tático, restando a superação como única arma para chegar ao empate. Para ele, a maior falta foi a mobilidade que poderia tirar o Leão da forte marcação do Flamengo.
"O Sport não fez uma partida boa na parte técnica e tática. As coisas não funcionaram como a gente pretendia mas foi pela superação. Precisávamos de intensa movimentação de volantes, meias e atacantes. Essa movimentação tem que ser feita em sincronia porque, se não, um time bem postado neutraliza. E isso aconteceu em quase todo jogo. Conseguíamos passar da primeira linha deles mas depois ficávamos", avaliou.
Segundo Baptista, a entrada do atacante Mike melhorou um pouco essa mobilidade, já que, segundo ele, o autor do gol de empate, faz o movimento em diagonal para 'quebrar' a marcação. "Se não mexer não vê a bola", acrescentou.
No plano individual, ele elogiou o atacante Joelinton a tal ponto de garantir o prata da casa como centroavante titular do Sport de agora em diante. Segundo Baptista, o garoto tem a característica que ele mais gosta num camisa 9: trabalhar como pivô. Essa marca ele disse que não vê em atacantes do Sport há muito tempo. "Vou assistir ao jogo de novo mas a impressão que Joelinton me deixou foi muito boa. Não posso tirar um jogador desse do meu time. Ele não se escondeu, fez tudo que a gente pediu e tem um lugar. O titular para domingo é ele. Os outros é que vão ter que correr atrás".
Essa última frase seria um aviso ao até há pouco tempo intocável Neto Baiano? Segundo o técnico, o artilheiro do time na temporada, que está machucado, não como característica fazer um trabalho de pivô. "Não foi mensagem para ninguém. Gosto de centroavante que faz o pivô. Neto tem um estilo diferente", disse. Com essa confirmação de Joelinton, o meia Diego Souza vai jogar como meia, caindo pelo lado esquerdo como já fez no segundo tempo diante do Figueirense.
Ainda sem estar cem por cento seguro fora da zona de degola, o técnico rubro-negro projeta 46 pontos para escapar sem sofrer muito. Pelo andar da carruagem, no entanto, ele acredita que 44 já possa livrar o risco, mas com muito sofrimento. "Por hoje acredito em 44 pontos, mas vai ficar muito perigoso. Estamos trabalhando desde o início com 46. Pontuando, escapamos da zona da confusão e chegamos mais perto da Sul-Americana", explicou.
DESABAFO - No gol de empate, o técnico rubro-negro vibrou bastante, bateu no peito e virou-se para a torcida. Eduardo foi questionado se havia se dirigido a alguém em particular mas explicou que foi algo dele para ele mesmo e pediu desculpas se alguém se sentiu ofendido. "Chegou a informação pela assessoria de que eu tinha xingado a torcida. Foi um desabafo comigo mesmo e jamais faria isso com alguém. Se alguém se sentiu assim peço perdão".
Os rubro-negros voltam aos trabalhos na terça-feira (11) em dois expedientes no CT José de Andrade Médicis. Os próximos dois jogos serão fora de casa, contra Atlético-PR (16) e Palmeiras (19). Contra o Atlético o atacante Felipe Azevedo cumpre suspensão automática. Em compensação, o meia Diego Souza e o volante Ronaldo podem voltar.
