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Nove meses depois de fatalidade, irmã de Lucas Lyra divide rotina entre hospital e trabalho no Náutico

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 26/11/2013 às 17:05


Mirella Lyra trabalha na recepção do clube Náutico. Foto: Marcelo Cavalcante/ Blog do Torcedor

O 16 de fevereiro de 2013 estará para sempre na história dos Lyra. Na tarde daquele dia, em frente ao estádio dos Aflitos, um tiro irresponsável - disparado por um segurança contratado por uma empresa de ônibus- atravessou a nuca de Lucas e, assim, mudou destinos e retraçou futuros. Nove meses depois da fatalidade, a batalha de uma família pela vida de um jovem de 20 anos que queria apenas assistir a um jogo do Náutico permanece intimamente ligada ao clube alvirrubro.

Em vez de afastar, a relação da família com o Náutico ficou ainda mais estreita depois daquele dia. Lucas, um apaixonado, continua amando o clube. Adorna o quarto em que está hospedado, no sétimo andar do Hospital Português, uma bandeira alvirrubra. A irmã, Mirella, também não abandonou as cores. Pelo contrário: acolheu-as e foi acolhida por elas. Hoje, trabalha na recepção do Náutico - e divide sua rotina entre o batente no Timbu e os cuidados com Lucas. Ela conta como aconteceu:

"Pouco depois do ocorrido, eu fui conversar com o pessoal da diretoria do Náutico sobre a possibilidade de alguma ajuda no caso de Lucas. O Eduardo Moraes (vice-presidente administrativo do clube) falou comigo e disse que existia essa vaga na recepção e me ofereceu. Eu aceitei e, desde então, estou trabalhando aqui no clube", diz.

Mirella conta como divide o dia a dia. "Minha mãe fica direto no hospital, praticamente morando lá. Eu e nosso outro irmão nos dividimos. Dia sim, dia não, durmo no hospital. Nos meus dias, vou para o Português depois do expediente e, de manhã, volto direto para o Náutico para trabalhar ", afirma.

A recuperação do irmão é lenta, mas progressiva. "A cada dia ele dá um passinho para recuperação. Além disso, quando ele tiver alta do Hospital Português, vai fazer fisioterapia no Hospital Sarah Kubitschek", diz. Ainda não há previsão de alta - nem a certeza de para qual unidade ele irá. O Sarah Kubitschek é uma rede que tem filiais em nove cidades do Brasil.

Além da torcida atuante pelo Náutico e da obstinação, a esperança é uma das marcas desta família. "Meu irmão é um guerreiro. E nós também somos", declara.

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