Mais uma confusão na Jovem Pan. Nesta semana, Amanda Klein pediu para deixar o programa 3 em 1 após uma discussão com Rodrigo Constantino, figura conhecida da extrema-direita pelo seu temperamento. A briga aconteceu ao vivo.
"Pedi pra sair do 3 em 1. Em ambiente tóxico e com ataques pessoais não se faz jornalismo. E eu sou jornalista. Continuo na JP no “Jornal da Manhã” e em outros programas. Conto com vocês", comunicou Amanda Klein no Twitter.
Rodrigo Constantino respondeu alegando ser um "grande dia", bordão bolsonarista, alegando ter desmascarado uma "esquerdista disfarçada de jornalista", apesar de ela nunca ter apoiado agendas de esquerda.
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A confusão aconteceu quando eles comentavam a possível indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). O clima azedou quando o debate foi sobre casamento gay.
"Você sim espalha uma ideologia obscurantista, colocou-se frontalmente contra o casamento gay e depois quer negar", respondeu Amanda Klein na ocasião.
Constantino, então, se enfureceu: "Vai fazer o trabalho de casa em vez de ser tão desonesta. (...) O STF não interpreta, ele cria leis. (...) Você tem uma ideologia que todo mundo já percebeu. Um dia você vai conseguir a 'bancadinha' da TV Doria, por enquanto você passa vergonha".
Em entrevista ao UOL, Amanda Klein comentou as atitudes de Constantino: "Ele sempre se refere a mim como jornalista militante, faz referências ao meu marido e à minha família no programa. Não são coisas profissionais —em qualquer ambiente de trabalho, não só no jornalismo. É um assédio moral público, ao vivo e diário".
Sobre o clima na emissora, ela explica: "O negócio melhorava por uma semana [após conversar com a direção] e depois voltava a carga. Para mim, é um método dele. Ele usa como tática de desconstruir a pessoa e para reforçar o discurso dele. É a maneira como ele se comunica com a plateia de seguidores dele. É um público que gosta de sangue".