Vacinado, Galvão Bueno não esconde emoção e preocupação com volta à narração

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Augusto Tenório

Publicado em 09/04/2021 às 15:19
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Quatorze meses separaram a voz de Galvão Bueno, uma das mais famosas do Brasil, das narrações futebolísticas. Após tomar as duas dozes da vacina contra a Covid-19, o narrador foi liberado pela Globo para trabalhar e pode se reencontrar como futebol neste domingo (11), para traduzir em som os lances de Flamengo e Palmeiras, que jogam pela Supercopa do Brasil, em Brasília, às 11h.

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Ele se emocionou com a volta ao trabalho, mas lamenta que o jogo não tenha sido remarcado por causa do triste momento vivido pelo país na pandemia. Nessa quinta (8), dia da entrevista, a Justiça Federal restringiu de atividades não-essenciais no Distrito Federal e a CBF busca maneiras de realizar a partida.

"Volto depois de 14 meses. Me perguntaram como estava me sentindo. Disse que não sabia, pois nunca havia voltado. Comecei como narrador em 1977 e nunca passei 15 dias sem fazer alguma narração. Então não sei como é voltar. Sei que vou me emocionar, que vai dar um frio na barriga. Na hora que acender a câmera, não sei exatamente o que vai acontecer, mas posso dizer que voltarei a fazer o que amo, o que é a minha vida", disse o profissional, em entrevista concedida ao programa Show dos Esportes, da Gaúcha ZH.

A animação, porém, não esconde seus questionamentos: "Eu não queria voltar nestas circunstâncias. Eu não entendo porque ninguém pensou em transferir esse jogo para daqui a 15 dias. O momento é tão difícil. Tivemos hoje [nesta quinta-feira] mais de 4 mil mortes. Será que o mundo do futebol não poderia se colocar um pouco mais dentro do mundo geral e do sofrimento do mundo geral? Vou dar a alma e o coração, mas vou estar emocionado. Dos dois lados, de alegria e tristeza".

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