Carla Diaz foi surpreendida por delegado que apura se ela foi vítima de discriminação no "BBB21": "Racismo reverso não existe"

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ROMERO RAFAEL

Publicado em 08/04/2021 às 17:50
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Carla Diaz, que participou do "Big Brother Brasil 21", compartilhou com seus seguidores um vídeo em que relata um caso sem precedente. Quando ainda estava no programa, alguém denunciou à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) que a atriz havia sido vítima de discriminação na casa. "Usaram meu nome, sem meu conhecimento, para me colocar nessa situação", desabafa a ex-BBB.

A atriz conta que um delegado da Decradi foi até a sua casa para que ela preste esclarecimento. "Eu acho isso tudo um absurdo", fala a artista, rechaçando a possibilidade de ter sofrido preconceito racial, uma vez que ela é branca, e brancos não são discriminados pela cor da pele. "Acho importante afirmar que racismo reverso não existe", reforça Carla Diaz, no vídeo, orientando as pessoas a buscarem informação.

Por que racismo reverso não existe?

De fato, racismo reverso é algo que não faz sentido algum. Racismo, que é crime, ocorre quando alguém é discriminada ou violentada por causa da cor da pele e/ou outras características raciais por outra pessoa que, historicamente, está numa posição de poder. Em nenhum momento da história pessoas pretas ocuparam posição de poder em relação aos brancos, portanto, não há como haver racismo. Muito menos reverso, porque o contrário de haver racismo é não haver racismo.

A apresentadora Ana Maria Braga, que recebe participantes eliminados no seu programa "Mais Você", já havia deslizado e falado de "preconceito reverso". Foi criticada, pediu desculpas e explicou: "Racismo é um sistema de opressão, e para ter racismo tem que ter poder. Negros não tem poder institucional para serem racistas contra brancos".

Em outro reality show, "A Fazenda", da Record, exibido no final do ano passado, Jojô Todynho desfez a mentira de que racismo reverso existe numa discussão com Biel.

"Usaram meu nome"

No vídeo em que relata o inquérito aberto em seu nome, Carla Diaz fala: "Essa semana eu fui surpreendida por um delegado da Decradi, Delegacia de Crimes Raciais. Sim, bateram na minha porta. Eu levei um susto, óbvio, até porque alguém pediu para a delegacia instaurar inquérito e eu vou ter que prestar esclarecimento sobre um procedimento de um preconceito racial. Sim, como se eu fosse a vítima, como se eu tivesse sido vítima de discriminação. Bom, quero dizer que eu acho isso tudo um absurdo".

"Acho importante afirmar que racismo reverso não existe. Gente, vamos ler, nos informar. A internet está aqui pra isso, o programa debateu racismo a semana toda. Eu tô muito chateada com essa situação, ainda mais porque tudo isso começou quando eu ainda estava na casa. Usaram meu nome, sem meu conhecimento, para me colocar nessa situação."

Racismo no "BBB21"

Há algumas edições em que racismo é assunto que vem à tona nas discussões sobre o "Big Brother Brasil". Neste ano, o tema é debatido desde a escalação dos participantes da temporada, que selecionou uma quantidade de pessoas negras e pardas como nunca antes. Carla Diaz esteve envolvida em situações em que a questão racial foi colocada de maneira equivocada, embora não tenha praticado qualquer ato nem dito qualquer palavra em que tenha cometido erro ou crime. Relembre aqui.

Na última semana, já sem Carla Diaz na casa, devido a uma comparação feita por Rodolffo entre o cabelo de João, que ostenta um black power, e a peruca de um homem das cavernas, racismo foi assunto amplamente discutido, inclusive, com uma intervenção feita ao vivo e fora do script pelo apresentador Tiago Leifert, que explicou sobre a importância do cabelo black power para as pessoas pretas.

LEIA MAIS: O que significa o termo black power?

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