Agnaldo Timóteo comenta caso de racismo no futebol

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 27/12/2020 às 13:13
agnaldo-timoteo-2b FOTO:

Há uma semana, o futebol brasileiro voltou a discutir sobre racismo, após o atacante colombiano Juan Ramirez, que atua no Bahia, ofender o volante Gerson, do Flamengo, ao dizer "Cala a boca, negro". A frase, é claro, foi usada num contexto de ofensa, ainda que só linguística, pois parte de uma pessoa não-negra para outra negra, no sentido de diminuir.

Agnaldo Timóteo, no vídeo em que comenta o caso, critica Gerson, pois este teria se ofendido ao ser chamado de negro, como se não tivesse orgulho da cor. O artista, no entanto, ignora a expressão completa usada pelo jogador colombiano e também a situação.

"Como é que você tem coragem de ficar bravo porque alguém te chamou de negro? Você é de que cor, miserável? Nós não temos direito de termos vergonha da nossa cor. Nós temos que ter orgulho. Por isso não temos deputado negro, e senador negro, governador negro, nada negro, porque vocês têm vergonha de ser negro. Eu não tenho, eu me orgulho de ser negro", diz Agnaldo Timóteo, certeiro pelo menos quando toca no assunto da representatividade.

Nos comentários, alguns seguidores de Agnaldo Timóteo alertam o cantor para o fato de que não se trata de falta de orgulho por ser negro. O que causou incômodo em Gerson foi o uso da expressão como forma de menosprezá-lo. "O que o Gerson argumenta é o 'cala boca, negro'. A colocação que o outro jogador impôs ao 'negro' foi diminutiva. Vamos ser coerentes!!!", escreveu o seguidor @juninbsb.

Outro seguidor, @eulermts, comentou: "O problema não é 'chamar de negro', minha gente... o problema é o contexto, a maneira de falar... nesse caso, o termo 'negro' foi usado como ofensa, como xingamento... não tem mimimi, não tem Globo, não tem p**** nenhuma... isso acontece o tempo todo... só não vê o óbvio quem não quer...".

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