Ex-participante do The Voice Kids critica programa: "deveria ser proibido"

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 07/10/2020 às 9:16
Bel Sant'Anna FOTO:

Ex-participante do The Voice Kids em 2019, a jovem Bel Sant'Anna usou sua rede social para fazer um desabafo sobre o programa. Em seu Twitter, ela falou sobre sua experiência no reality e declarou que programa deveria ser cancelado por ser 'cruel' e 'imoral' com as crianças.

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"Eu sei que ninguém liga, e vocês podem até achar que eu tô cuspindo no prato em que eu comi, mas na minha opinião The Voice Kids deveria ser proibido. Não só porque as crianças estão sendo usadas pra entretenimento alheio, mas eu já senti na pele como é estar lá e não me fez bem", iniciou a jovem que, à época, tinha 13 anos.

Após a avalanche de mensagens, ela fez questão de deixar claro que não sofreu 'abuso ou coisa do tipo', mas sim que suas críticas eram em relação à mecânica do programa."Acontece que quando se colocam crianças para competirem entre si em prol do entretenimento alheio, já passa a ser algo duvidoso. Tenho que dizer que na época que eu fui (13 anos) a perspectiva de fazer parte disso era fantástica. Na minha cabeça, era tudo as mil maravilhas", desabafou.

A jovem cantora que fazia parte do time Simone e Simaria e foi eliminada na fase das batalhas, falou falou sobre como a experiência a afetou e a afastou de sua paixão pela música. "Fui desqualificada nas batalhas e eu perdi toda a minha autoestima. Tudo o que fazia eu querer cantar. Toda a mágica que a música tinha pra mim foi embora porque eu pensava que não era boa o suficiente pra continuar. Alguém lá de dentro me designou ruim demais para seguir no show", disse. "Eu passei um ano inteiro parada ser tocar no meu piano, sem aquecer a voz, sem cantar no chuveiro", relembrou ela, que ainda contou que seus pais a forçavam a voltar a cantar.

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A menina ainda falou que faz acompanhamento com terapeuta até hoje, e que apesar da emissora fornecer acompanhamento psicológico, as profissionais estavam mais para babás, dando apenas respostas padrões."Enfim, colocar crianças para competirem entre si, para mim, soa imoral. Vocês não têm noção do quanto partia o meu coração ver as crianças voltando do estúdio pro hotel chorando porque não haviam passado", finalizou.

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