Danni Suzuki abre o jogo sobre perda de papel para Giovanna Antonelli em novela: "Sem justificativa"

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 30/08/2020 às 16:11
Danni Suzuki - Foto: reprodução
Danni Suzuki - Foto: reprodução

A atriz Danni Suzuki falou sobre um tema delicado na sua carreira, quando, em 2016, perdeu o papel de protagonista da novela "Sol Nascente", da TV Globo, para Giovanna Antonelli, que é casada com o diretor-geral da trama, Leonardo Nogueira. À época, a mudança causou estranheza, uma vez que a personagem era descendente de japoneses, assim como Danni é.

Numa live com Bruna Aiiso, Danni Suzuki disse, inclusive, que o papel era inspirado nela, segundo lhe falou o autor da trama, Walther Negrão. "Ele me chamou para conversar, disse que há três ou quatro anos queria escrever uma novela para mim, e ele tinha pesquisado a minha vida."

Foi dito a Danni Suzuki que o papel não seria seu por causa da idade: "Saí da novela sem uma justificativa. Na época, eles me falaram que eu não seria a protagonista porque queriam uma menina mais jovem. Falei 'tudo bem, sem problemas'". A atriz tem 43 anos, e Giovanna Antonelli, que ficou com a personagem, 44.

Danni Suzuki revelou, ainda, que, depois de perder o papel principal, foi escalada para viver a prima da protagonista. Até que, de novo, estava desescalada. "Depois de mais uma leitura, o diretor, Leonardo [Nogueira, marido de Giovanna Antonelli] me chamou de novo e disse que eu estava muito velha para ser a prima da Giovanna. Falei, 'mas estou velha de novo?', e ele falou, 'desculpe, foi um erro de escalação'. Eu não ia discutir, ele falou que estavam escrevendo um terceiro personagem, e aí eu falei: 'Quer saber? Deixa pra lá, não quero fazer a novela, não tem espaço para mim na trama'."

Reflexão

A má experiência, contou Danni Suzuki, a fez repensar a carreira e tomar outros rumos. "As escolhas deles [da TV Globo] não eram compatíveis com as minhas escolhas. Então, eu usei aquela situação para me impulsionar para algo melhor. E para mim foi um presente, porque uma porta internacional se abriu, vim a conhecer as premiações dos filmes, mergulhei na questão dos refugiados, comecei a ter tempo livre para dirigir o meu documentário e a tirar os projetos que tinha na gaveta."

Assista a um trecho:

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