Ministro do Meio Ambiente ataca Leonardo DiCaprio por críticas ao governo Bolsonaro

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 19/08/2020 às 14:39
Leonardo DiCaprio - Foto: reprodução
Leonardo DiCaprio - Foto: reprodução

Na última sexta-feira (14), Leonardo DiCaprio publicou um texto com declarações que condenam as ações de Bolsonaro e desmatamento desenfreado na Amazônia.  O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, resolveu repetir  a atitude adotada pelo pelo vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e atacou as críticas do ator norte-americano.

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O texto, acoampanhado de um vídeo que mostra as queimadas na Amazônia, dizia o seguinte:

"Do The @Guardian: O número de queimadas na Amazônia brasileira em julho aumentou 28% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do INPE. Os primeiros números de agosto também mostram um aumento de 7%.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está sob pressão internacional para conter os incêndios, mas ele duvidou publicamente da gravidade deles no passado, alegando que oponentes e comunidades indígenas foram os responsáveis.

Os incêndios florestais na Amazônia no ano passado foram devastadores o suficiente, mas com o clima mais seco este ano até agora, assim como a pandemia do Coronavirus que matou mais de 99.000 brasileiros, há uma preocupação crescente de que o desmatamento em curso não esteja recebendo atenção suficiente."

Em entrevista ao programa "Jornal da Manhã", da rádio Jovem Pan, enquanto falava sobre a campanha "Adote um Parque", Salles atacou o ator dizendo que ele só poderia criticar o governo caso ajudasse financeiramente com a região . 

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"Eu acho que o Leonardo DiCaprio deveria cuidar das coisas do país dele, da turma dele, inclusive do pessoal do meio artístico, que tem muito recurso, mas investe muito pouco na proteção ao meio ambiente ", disse o ministro.

"Eu quero ver se o DiCaprio vai adotar uma delas [unidades de conservação na Amazônia ]. Se ele adotar, ele passa a ter legitimidade para dar palpite na terra dos outros. Quem quer dar palpite tem que por a mão no bolso, palpite de graça a gente nem responde", complementa.

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O programa comentado por Salles ainda não foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A proposta é que pessoas físicas e jurídicas, brasileiras e estrangeiras, doem recursos para preservação de 132 unidades de conservação na Amazônia.

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