Influenciadora usa sangue menstrual em máscara facial e como resgate da ancestralidade da mulher: "É regenerador"

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 10/08/2020 às 17:46
Luisa Moraleida reflete sobre a importância do ciclo menstrual da mulher, defende o resgate da relação da mulher com o corpo e o uso do sangue para a pele, afastando a ideia de que é algo "sujo" ou "nojento" - Foto: reprodução
Luisa Moraleida reflete sobre a importância do ciclo menstrual da mulher, defende o resgate da relação da mulher com o corpo e o uso do sangue para a pele, afastando a ideia de que é algo "sujo" ou "nojento" - Foto: reprodução

A influenciadora digital Luisa Moraleida compartilhou um segredo de beleza atípico para a maioria. Ela utiliza o sangue do fluxo menstrual - do próprio, claro - em máscara facial. "Você quer pele de bebê? Sangue menstrual é regenerador, rejuvenescedor e fonte riquíssima de minerais e nutrientes", diz Luisa, que - mais do que um segredo de beleza - propõe uma conversa sem preconceito em torno do assunto.

"Se conectar com seu sangue e ressignificar o que nos foi ensinado sobre ele (sujo, nojento, trabalhoso, doloroso, pecaminoso) é uma forma linda de se reconhecer", escreve Luisa Moraleida. Segundo o site Metrópoles, ela utiliza a máscara à base de sangue de uma a três vezes durante o ciclo menstrual, sendo diluído em água filtrada e soro fisiológico ou misturado com argila.

"Conhece-te a ti mesma. Torna-te quem tu és. Comece de dentro pra fora. Seu sangue é só seu, seu sangue é você. Aprender a vê-lo com amor é uma resistência amorosa e uma revolução pacífica", diz a influenciadora, num texto em que, antes, fala sobre como as mulheres de antigamente lidavam com a menstruação e como essa relação mudou, devido a uma desconexão das pessoas com o próprio corpo.

VEJA TAMBÉM: Bianca Bin faz ritual com sangue de sua menstruação

Leia mais da análise feita por Luisa Moraleida sobre a relação da mulher com o ciclo menstrual:

"Antigamente nós nos juntávamos em tendas vermelhas para reverenciar o momento sagrado da menstruação. As anciãs passavam seus conhecimentos para as mais novas e todas compartilhavam segredos, rituais e ensinamentos antigos. Essa tradição foi sendo abandonada ao longo do tempo devido à formação de uma sociedade desequilibrada e ansiosa, e por consequência, uma desconexão com o próprio corpo - e com a própria vida.

Hoje estamos em um processo de resgate dessa ancestralidade por honra ao trajeto de onde viemos e em esperança de trilhar um outro caminho - de volta para nós mesmas. Receber a lua é um processo maravilhoso de morrer e renascer a cada 4 semanas. Tudo na simples e natural potência de transmutação de células e tecidos poderosíssimos, tão fortes que seriam capazes de carregar uma outra vida!

Ao devolvermos nosso sangue para a terra, nos reconectamos com nossas raízes e principalmente com todo o sagrado que habita dentro de nós - o tal 'plantar a lua'. É como se encerrássemos um ciclo, reverenciando todas as evoluções, conquistas e aprendizados para nos abrirmos ao próximo com mais sabedoria. Plantar a lua é fertilizar o solo com gratidão e respeito. A lua astro é dividida em 4 fortes fases de 28 dias, assim no mesmo tempo é também com nossa lua interna (A Donzela Fase pré-ovulatória – Lua crescente/ A Mãe Fase ovulatória  – Lua cheia/ A Feiticeira Fase pré-menstrual – Lua minguante/ A Bruxa ou Anciã Fase menstrual – Lua nova).

Perceba em seu corpo e mente como essa identificação com os arquétipos se repete no período cíclico. Se conectar com seu sangue e ressignificar o que nos foi ensinado sobre ele (sujo, nojento, trabalhoso, doloroso, pecaminoso) é uma forma linda de se reconhecer. Conhece-te a ti mesma. Torna-te quem tu és. Comece de dentro pra fora. Seu sangue é só seu, seu sangue é você. Aprender a vê-lo com amor é uma resistência amorosa e uma revolução pacífica."

LEIA TAMBÉM:

Pedro Cardoso pede que deixem de segui-lo no Instagram; entenda o que o ator propõe

Últimas notícias