Ex-apresentadora do Jornal Nacional afirma que foi demitida após denunciar assédio de chefe

Samantha Oliveira
Samantha Oliveira
Publicado em 24/07/2020 às 9:39
Ellen Ferreira apresentou o Jornal Nacional em outubro de 2019 (Foto: Reprodução/TV Globo)
Ellen Ferreira apresentou o Jornal Nacional em outubro de 2019 (Foto: Reprodução/TV Globo)

Depois de 20 dias afastada para se recuperar da Covid-19, a jornalista Ellen Ferreira se deparou com uma má notícia. Trabalhando na Rede Amazônica, afiliada da TV Globo em Roraima, a profissional foi demitida.

LEIA TAMBÉM: GloboNews comete gafe e mostra mulher nua ao invés de entrevista

Em outubro do ano passado, o Brasil conheceu Ellen Ferreira quando ela foi escolhida para apresentar o Jornal Nacional. Com a demissão, a jornalista acredita que a justificativa de reformulação de equipe não é justa. De acordo com o UOL, ela afirma estar sendo vítima de perseguição.

Tudo aconteceu justamente após Ellen denunciar o comportamento de um ex-chefe do canal, Edison Castro. Ela descreve que, junto a outros funcionários, atitudes como assédio sexual e moral foram denunciadas. "Situações vexatórias, de racismo, homofobia, gordofobia. Ele é um psicopata", declarou.

LEIA TAMBÉM: Remake da novela ‘Amor com Amor Se Paga’ é adiada para 2022 pela Globo

Edison Castro já passou por outras afiliadas da Globo em outros estados, como Goiás e Maranhão. Ellen conta que, dos profissionais desses locais, ouviu relatos parecidos. "Teve uma apresentadora em Tocantins que tentou se matar pelo assédio que sofreu", contou a jornalista. A própria apresentadora desabafa sobre o sentimento de humilhação que passou. Ela chegou a buscar tratamento contra ansiedade e depressão por conta da má convivência.

Pronunciamento

Ellen Ferreira ainda afirma que tentou entrar em contato com o diretor geral de jornalismo da Globo, Ali Kamel. Ainda assim, nada foi resolvido. Em nota oficial, a Rede Globo se manifestou sobre as denúncias. A emissora alega que o próprio diretor entrou em contato para transmitir a queixa à Rede Amazônica.

LEIA TAMBÉM: Fabiana Escobar, a verdadeira Bibi Perigosa, entra na Justiça contra Globo para impedir reprise de A Força do Querer

"A Globo reitera que o respeito é um valor fundamental do seu Código de Ética. A empresa repudia qualquer tipo de assédio ou preconceito, que não são tolerados no ambiente de trabalho (…). Os esclarecimentos sobre o que aconteceu depois devem ser dados pela afiliada."

Últimas notícias