Taís Araujo fala sobre mulher pisada por PM: "tudo de mais violento e horroroso está naturalizado nesse país"

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 14/07/2020 às 16:23
Taís Araújo em 'Amor de Mãe' (Foto: Reprodução/Instagram)
Taís Araújo em 'Amor de Mãe' (Foto: Reprodução/Instagram)

Taís Araujo se manifestou hoje sobre a agressão da Polícia Militar a uma mulher negra de 51 anos no bairro de Palheireiros, em São Paulo, no dia 30 de maio. Segundo a atriz, "tudo de mais violento e horroroso está naturalizado" no Brasil. Além de quase ser asfixiada, a mulher foi jogada no chão e arrastada, o que lhe causou escoriações no rosto e uma fratura na perna.

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Hoje, em entrevista ao programa "Encontro", da TV Globo, a vítima disse que temeu a morte no momento das agressões e pensou que teria um fim parecido com o do segurança George Floyd, que morreu em maio, nos Estados Unidos, em uma situação similar a dela. "Eu continuo lembrando da primeira imagem, quando ele estava me pisoteando. Ainda não consigo dormir a noite inteira, acordo várias vezes", contou. "Eu fico pensando porque ele fez aquilo comigo... Eu não era a única pessoa lá". No Twitter, Taís fez uma sequência de publicações condenando o caso e chamando a atenção da sociedade.

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"Ao ler sobre o caso da mulher em Parelheiros, o que me vem à cabeça é que esse país não tem a menor graça. Ele nos cansa porque tudo nele se naturaliza. O caso dessa mulher é mais um que ocorre todos os dias e deveria nos chocar e gerar comoção. Toda a minha solidariedade a ela! ", disse Taís em publicação no Twitter. A atriz falou ainda sobre a naturalização da violência do país. " Precisamos também entender que essa imagem não precisa ser reproduzida toda hora, é uma violência. Uma violência triste e COTIDIANA. Racismo, pandemia, violência na ruas, contra mulheres, LGBTQIA+, tudo de mais violento e horroroso está naturalizado nesse país! De quem é a culpa? ", questionou.

"A culpa é de todos que constroem esse país mas, principalmente, dos que não escutam uma parcela enorme da população que berra e que MORRE faz anos. Nada muda", refletiu Taís. A artista mostrou-se pouco esperançosa que a questão mude no Brasil. " Gostaria de ser mais esperançosa, mas ainda precisamos evoluir e gritar mais, principalmente com o que acontece aqui, diante de nós. Vamos juntos!", conclamou.


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