Juliana Lohmann, atriz da Record, revela que foi estuprada por "famoso" do cinema quando tinha 18 anos

Samantha Oliveira
Samantha Oliveira
Publicado em 14/07/2020 às 8:05
Atriz Juliana Lohmann (Foto: Reprodução/Instagram)
Atriz Juliana Lohmann (Foto: Reprodução/Instagram)

Com sua primeira aparição na televisão aos 11 anos, a adolescência de Juliana Lohmann foi na frente das telinhas. Hoje com 30 anos, a atriz revelou uma parte desagradável de ter crescido nos bastidores das novelas. Aos 18 anos, ela conta para a revista Cláudia que foi estuprada por um grande nome do cinema.

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Por muitos anos, Juliana Lohmann alega que se sentiu culpada pelo crime que sofreu. Essa visão só mudou com o tempo, mas não apagou as marcas do passado. Quando jovem, ela foi convidada pelo tal diretor a fazer um teste para um novo filme. "Ele em ligou e me chamou diretamente", conta, sem citar nomes. A atriz, que vivia no Rio de Janeiro, foi até São Paulo para realizar o teste.

"Perguntei se podia levar minha mãe. Não, ele não poderia pagar mais uma passagem. Pediu desculpas. Fui mesmo assim. Era a primeira vez que viajava sozinha, me senti uma desbravadora de novos horizontes", descreveu. O homem, segundo a atriz, possui "uma boa imagem midiática de família margarina".

Por ideia do próprio agressor, os dois se encontraram em um quarto de hotel. Lá, eles passaram o texto algumas vezes, até que o diretor sugeriu que Juliana Lohmann fumasse maconha. A justificativa seria que a personagem "exigia mais loucura".

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"Fiquei reticente, mas acabei aceitando. Dizer não para um diretor não é algo que uma atriz de dezoito anos sabe exatamente fazer. Um trago foi o suficiente pra que eu ficasse completamente chapada. Em determinado momento, percebi que o contato que ele fazia comigo excedia o profissional".

Sem consentimento

Juliana Lohmann lembra que foi beijada, mesmo não querendo aquilo. A atriz narra a surpresa que sentiu ao pensar que, com 18 anos, poderia ser considerada atraente para um homem como aquele. O diretor ainda justificou, afirmando que estava encantado por ela. Momentos depois, ele a imobilizou e disse que se ela gritasse ninguém ouviria.

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"Pensei em gritar mesmo assim, mas, se alguém escutasse e fosse me socorrer, seria um escândalo", continuou. Na cabeça dela, tudo aquilo tinha sido provocado por ela mesma. Afinal, o diretor era casado e ela que estava no hotel fumando maconha com ele. A culpa só passou anos depois.

O estupro aconteceu naquela noite e na manhã seguinte. O teste, porém, foi suspenso e o valor da passagem ressarcido. Na época, Juliana Lohmann ão conseguiu prestar queixa. "Quando finalmente elaborei os acontecimentos vividos, soube que os crimes, para a Justiça, já haviam prescrito. Perdi meu direito de ter direitos sobre minhas dores. Talvez, se eu tivesse lido um relato como esse, pudesse ter compreendido melhor a situação e eles não estariam impunes".

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