Não tem uma pessoa no Recife que não conhecesse dona Do Carmo Monteiro. Seja pelo sobrenome famoso. Pela mecha branca milimetricamente perfeita no sempre arrumado cabelo negro. Seja pela elegância, firmeza e ternura. Dona do Carmo era vida. Chama acesa por onde passava. Daquelas pessoas que fazem a diferença.
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Teve trajetória de protagonista, mesmo, muita vezes, sendo lembrada por ser filha do ex-governador Agamenon Magalhães ou mulher do ex-ministro já falecido Armando Monteiro Filho ou mãe de um dos seus filhos famosos e bem sucedidos como Maria Lectícia, Armando Neto (ex-senador e também ex-ministro), Eduardo, Horácio e Sérgio, falecido aos 15 anos.
Dona do Carmo era luz e estrela ao mesmo tempo. Tinha energia mais do que seus oito netos e dez bisnetos. Era conectada e até além do seu tempo. Gostava de ser presente e fazer-se presente. Tinha agenda cheia e conseguia, com maestria, dar conta de tudo. E de todos. Leve, plena...
Era uma lutadora, mas, aos 94 anos, na madrugada desta quinta, não conseguiu vencer mais essa batalha. Foi-se para um fulminante, feroz e agressivo câncer. Foi-se também um pouco da elegância, simpatia e simplicidade do nosso Estado.