Zeca Pagodinho revela tristeza e crise de inspiração durante o isolamento social

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 02/07/2020 às 15:13
 Zeca Pagodinho  Foto: Guto Costa
Zeca Pagodinho Foto: Guto Costa

Em participação no programa "Conversa com Bial", na madrugada desta quinta-feira (2), Zeca Pagodinho contou que tem se sentido triste e sem inspiração durante o isolamento social. "Esse ano eu fiz umas quatro músicas. Para quem fazia quatro por dia, isso é bem pouco", desabafou. O sambista não escondeu que está abatido e saudoso da rua e dos shows. "Tem dia que acordo muito triste. Eu moro em frente ao mar e não vejo mais ninguém na rua, mais nada, está tudo parado", disse.

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Completando 100 dias de isolamento, Zeca contou , ainda, que perdeu a noção dos dias. "Rapaz, eu nem sei que dia é hoje. Não sei se é quinta, sexta, sábado ou domingo, tem dia que não sei de nada. Eu gostava de sair todos os dias, de ir na gravadora, no salão e está esquisito o bagulho". Indignado, ele perguntou: "Que vida é essa, Bial? Eu gosto da rua, do botequim, da conversa fiada, do partido alto, da favela. Estou louco para cantar o meu samba e ver os meus amigos. Tenho saudade dos shows, dos aplausos e dos sorrisos. Eu fico esperando acordar um dia e alguém me dizer: 'Acabou'".

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Sobre a rotina em casa, Zeca disse que tem assistido a muitas novelas na televisão e chegou a ler o próprio livro, Zeca: Deixa o Samba Me Levar", escrito por Leonardo Bruno e Jane Barboza. "Outro dia eu li o meu próprio livro, que eu nunca tinha lido", revelou ele, que está em casa com as duas filhas e o neto.

A próxima live do sambista está marcada para acontecer em 9 de agosto, no Dia dos Pais. "Até lá vou enlouquecer", brincou ele em tom humorado.

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