Inácio Feitosa escreve artigo sobre Roque de Brito Alves

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 13/06/2020 às 13:21
O jurista Roque de Brito Alves
O jurista Roque de Brito Alves

O penalista Roque de Brito Alves morreu, neste sábado, aos 94 anos, vítima de covid-19, depois de uma semana internada no Memorial São José. O educador e empresário Inácio Feitosa escreveu este artigo sobre ele.

"Roque, presente!
Hoje o Brasil perdeu um dos seus maiores juristas, respeitado internacionalmente. ?A perda para Pernambuco e para a advocacia será irreparável. Nosso Roque de Brito Alves era um gênio. Um intelectual conhecedor da história das artes, colecionador de porcelanas (boa parte doadas ao Museu de Estado e ao TJPE) e autor de grandes obras jurídicas. ? Roque será imortal para seus milhares de alunos. Eu tive a honra de ser um deles, depois seu amigo, vizinho e parceiro de cursos e congressos jurídicos na seara criminal. ? Roque era torcedor do Santa Cruz (ninguém é perfeito), assistia jogos no estádio ou no terraço de sua casa lá na Praça de Casa Forte, com seu radinho de bolso. Nunca faltou a uma missa no domingo na igreja do Padre Edvaldo. ?Era constante nosso cafezinho na livraria da praça ou no Plaza. Roque será eterno por ser simplesmente Roque. ?Assisti ele como advogado e como conferencista, era extraordinário. Amigo do maior penalista da atualidade, o argentino Eugenio Raul Zaffaroni, que sempre destacou a contribuição de Roque para seus estudos. Todos seus livros estão nas maiores bibliotecas européias. ? Dono de humor ímpar, diferente de outros intelectuais chatos. Ele tinha um jargão: "Deus é pai, não é padastro!". É com ele que nosso Roque está agora, descanse em paz, meu querido amigo. Sua missão foi cumprida com distinção!!!!!"

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