William Bonner diz que nome do filho foi usado em fraude no auxílio emergencial

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 21/05/2020 às 10:49
Reprodução/TV Globo
William Bonner deve deixar o Jornal Nacional, da Globo, depois das Eleições 2022 - FOTO: Reprodução/TV Globo

William Bonner denunciou, via Twitter, o uso do seu filho, Vinícius Bonner, em uma fraude envolvendo o auxílio emergencial de R$ 600 dado pelo governo federal a cidadãos em situação de risco por conta do coronavírus. Segundo o jornalista, ele foi procurado pelo jornal Meia Hora para repercutir o uso de dados do filho em um pedido de auxílio, e foi aí que percebeu que se tratava de uma fraude.

"Na terça, dia 19, fui informado de que o jornal Meia Hora tinha obtido documentos do suposto registro de meu filho no programa de auxílio emergencial do governo. Meu filho não pediu auxílio nenhum, não autorizou ninguém a fazer isso por ele. Mais uma fraude, obviamente", postou Bonner. "Apresentados os fatos, o jornal corretamente não publicou a matéria."

Bonner disse que não é a primeira vez que tentam usar os nomes dos seus filhos em fraudes, mas, desta vez, foi mais grave: "Desta vez, o que vem à tona é ainda mais grave. Pelos critérios do programa de auxílio emergencial, alguém nas condições sócio-econômicas do meu filho não tem direito aos 600 reais da ajuda. Portanto, quem quer que viesse a usar o nome, o CPF e dados pessoais dele deveria receber como resposta ao pleito um 'não'. Mas, pelo que vimos ao consultar o site do Dataprev, o pedido de auxílio feito por um fraudador foi aprovado", escreveu ele.

"Estelionatários têm usado há 3 anos o nome e do CPF de meu filho para fraudes, como a abertura de empresas ou a contratação de serviços de TV por assinatura, entre outras", completou o jornalista. Bonner diz que já abriu boletins de ocorrência e precisou se cercar de advogados para tratar dos problemas.

"A repetição de fraudes chegou ao ponto de tornar recomendável uma troca do CPF. Mas, no Brasil, a vítima de golpes dessa natureza precisa passar por uma longa provação, em que tempo e dinheiro se esvaem no desenrolar do processo burocrático", desabafou. "Por justiça, não deveria ser assim. Meu filho e qualquer cidadão vítima de estelionato precisariam ser defendidos pela burocracia, em vez de punidos por ela."

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