Dono do Madero critica fechamento de comércios e diz que é mais prejudicial que a morte de "5 ou 7 mil pessoas"

Samantha Oliveira
Samantha Oliveira
Publicado em 24/03/2020 às 9:48
O dono da rede Madero, Junior Durski (Foto: Reprodução/Internet)
O dono da rede Madero, Junior Durski (Foto: Reprodução/Internet)

Depois de Roberto Justus, alguns empresários brasileiros também se mostraram insatisfeitos com as medidas protetivas de saúde. E foi o caso de Junior Durski, o dono da rede Madero. Ele criticou a decisão dos governos de São Paulo e Rio de limitar a circulação de pessoas e fechar comércios.

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Vale lembrar que os dois estados são os que concentram o maior número de casos no país; com 246 no Rio de Janeiro e 745 em SP na última atualização. Em um vídeo publicado pelo dono do Madero, o empresário afirma que "o Brasil não pode parar dessa maneira".

Ele ainda argumenta que os impactos econômicos causados pelo isolamento social "serão muito maiores do que as pessoas que vão morrer". "Eu sei que temos que chorar e vamos chorar pelas pessoas que morreram por conta do coronavírus. Vamos isolar os idosos, aqueles com problemas de saúde, mas não podemos por conta de 5 mil pessoas que vão morrer".

"Estou preocupado com o Brasil"

Junior Durski ainda argumentou em relação aos casos de assassinato, desnutrição e tuberculose no Brasil ano passado. Para ele, caso o comércio continue suspenso para seguir a quarentena, 400 mil pessoas podem morrer de fome. "Assassinado porque a segurança pública vai às favas", descreveu.

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"Minha empresa tem condições de passar seis meses parada", defendeu. "Eu não estou preocupado comigo e com os 8 mil empregados, eu já disse que vou manter o emprego deles; mas estou preocupado com o Brasil, com o pequeno empresário, o vendedor de pipoca, que tem um restaurantinho".

Na web, o vídeo causou muita revolta e conta com quse 100 mil visualizações e pouco mais de 7.600 comentários apenas no Instagram. Já no Twitter, usuários pedem o boicote à rede Madero. "Ajude a verdadeira economia. Ajude famílias", justificou um internauta.

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