O que pensa a Miss PE 2020, Guilhermina Montarroyos

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 16/03/2020 às 18:29
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Guilhermina Montarroyos, de Moreno, ganhou o Miss PE 2020

JORNAL DO COMMERCIO - A beleza ainda é fundamental?
GUILHERMINA MONTARROYOS - Ainda é muito fundamental, mas não é tudo. Beleza e disciplina têm que andar juntos. Não se pode esquecer que o concurso é de beleza, mas não se resume só o físico.

JC - O que um título como a Miss Pernambuco vai mudar na sua vida?
GUILHERMINA - Muda tudo, mas muda para melhor, principalmente, as perspectivas de trabalho. Requer muita preparação física e mental.

JC - Qual seu foco para os próximos meses?
GUILHERMINA - Cuidar ainda mais do corpo e da mente, focar nas aulas de inglês e me engajar em mais projetos sociais.

JC - Como foi sua carreira? Sempre sonhou com este título? Como você descreveria sua maior qualidade em virtude do campeonato nacional?
GUILHERMINA - Faço Medicina Veterinária e pretendo conciliar o curso com minha nova carreira. Sou filha de Miss e isso sempre esteve em minha cabeça. Essa realização não é só minha e tenho muita satisfação em dividir esse título com minha mãe. Minha maior qualidade é que eu penso muito no próximo. A felicidade de quem me rodeia é fundamental para minha felicidade.

JC- Sonha na carreira de modelo e atriz?
GUILHERMINA - Me tornar uma modelo ou uma atriz será consequência da minha atuação como Miss. Meu objetivo é ser Miss Brasil.

JC - Quais os preparativos que você teve para competição? O que fez a mais e o que deixou de fazer?
Não deixei de fazer muito, mas mudei toda minha rotina para a preparação do concurso. Meu primeiro passo foi buscar parceiros que colaborassem na construção dessa conquista. Orientação alimentar, cuidados com a pele e intensifiquei a musculação também.

JC - Em época de coronavírus, como uma miss pode ajudar?
GUILHERMINA - Acredito que conscientizando a todos de como fazer sua parte, começando a dar meu exemplo também na higienização, boa alimentação e prática de atividade física.

JC - Você acha que um concurso de beleza ajuda ou prejudica a luta pelo empoderamento e a luta pela igualdade de gênero?
GUILHERMINA - Isso depende muito da consciência e postura de cada mulher que se propõe a participar. Quando estamos em confinamento com as outras candidatas temos chances de mostrar empatia e sororidade e quando ganhamos visibilidade temos como peça fundamental conquistar o respeito das pessoas para mostrar nosso posicionamento sobre igualdade.

JC - O Brasil é o quinto País que mais se mata mulher no mundo. Qual o papel da miss nesse combate?
GUILHERMINA - Cada uma tem que fazer a sua parte, sem esquecer a necessidade da outra. E jamais podemos alimentar o machismo e a misoginia. Muitas mulheres ainda são reféns dessa cultura e nós, que ocupamos esse posto de líder feminina, temos que fortalecer cada vez mais o que chamamos de sororidade.

JC - A atual Miss Brasil, Júlia Horta, teve um discurso bem feminista durante o concurso. Você acha que este é o caminho atual pra conquistar o título ou pretende usar outros artífices?
GUILHERMINA - Cada miss tem que ter sua identidade. Júlia Horta é precursora no ativismo feminino, e isso tem que ser valorizado e continuado. Esses grandes exemplos só fortalecem o perfil ideal para ser uma grande miss. Junto a tudo isso é preciso se utilizar de muita verdade para convencer e conquistar o primeiro título de Miss Brasil para nós pernambucanos.

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