Em desabafo, Xuxa detalha abusos sofridos na infância: "Falei que alguém tinha feito xixi na minha boca, mas diziam que era sonho"

Igor Guaraná
Igor Guaraná
Publicado em 25/11/2019 às 18:18
Xuxa doará R$ 1 milhão ao SUS. Foto: Reprodução/Instagram
Xuxa doará R$ 1 milhão ao SUS. Foto: Reprodução/Instagram

Em 2012, ao Fantástico, Xuxa Meneghel falou abertamente sobre os abusos que havia sofrido na infância. Agora, em um texto forte escrito para sua coluna na revista Vogue Brasil, a apresentadora detalhou os terríveis momentos do seu passado.

LEIA MAIS: Xuxa interrompe show para homenagear Gugu Liberato

No primeiro relato, Meneghel fala que tudo começou aos 4 anos de idade, quando foi abusada por um parente. "[...] Me lembro de um cheiro de álcool de alguém, uma barba que machucou o meu rosto e algo que foi colocado na minha boca. Acordei dizendo que alguém tinha feito xixi na minha boca e meus irmãos disseram que eu tinha sonhado. Essa foi minha primeira experiência com abuso sexual, que, diga-se de passagem, eu não me lembro direito, mas existiram outros casos.", contou Xuxa.

Período difícil

A comandante do Dancing Brasil, da Record TV, disse que um dos períodos mais difíceis da sua vida foi dos 4 aos 13 anos de idade, época em que foi abusada por diversas vezes. "Sentia tocarem em mim, colocavam o dedo, doía, não sabia distinguir o que sentia, por isso não chorava e nem reclamava com ninguém sobre o acontecido. Essa mesma pessoa vinha ao Rio quando eu já tinha entre 9 e 10 anos, e, quando a família dormia, colocava seus dedos por debaixo dos lençóis e me tocava. Nesse tempo, esse parente distante já era um adolescente e sempre que podia me tocava. Por que eu não gritava, não chorava? Não sei!", relatou.

LEIA MAIS: Xuxa sofre tentativa de golpe em WhatsApp

Aos 11 anos, Xuxa precisou trocar de colégio, o motivo? Um professor de matemática abusador. "Ele mandou que eu fosse ao quadro para escrever alguma coisa antes que os outros alunos da sala entrassem. Era hora do recreio, ele disse que isso iria me ajudar nas notas finais. Eu escrevi o que ele queria no quadro e vi que ele se tocava embaixo da mesa, usava uma calça quadriculada e se mexia muito, não entendia muito bem o que ele tava fazendo... Foi aí que o ouvi gemer e depois se limpar. Eu perguntei o que tinha acontecido, se aquilo era colocar nas coxas. Ele riu e disse que não, mas que faria isso em mim, que não iria me machucar e que se eu falasse pra alguém sobre o que eu tinha visto ou o que ele havia falado: 'ninguém iria acreditar, pois entre a palavra de um aluno e de um professor, o professor sempre ganha'”, finalizando seu desabafo.

Últimas notícias