Os programas Alumiar e Índigo, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Recife, serão replicados nacionalmente, segundo protocolo de intenções assinado nesta terça (29), em Brasília, entre a instituição recifense e a Secretaria de Modalidades Especializadas, ambas do Ministério da Educação. A saber: o Cinema da Fundação é o primeiro do Brasil a exibir, quinzenalmente, filmes com audiodescrição, através desses projetos.
O documento assinado nesta terça garante promover intercâmbio técnico e cultural para a itinerância nacional dos programas, além de criar um modelo nacional de cinema acessível que contemple as modalidades Audiodescrição (AD), para pessoas cegas ou com baixa visão; Língua Brasileira de Sinais (Libras), para pessoas surdas; e Legenda para Surdos e Ensurdecidos (LSE). "Vamos disponibilizar nossa equipe de assessoria técnica do Cinema da Fundação para viabilizar um cronograma para exibição dos filmes acessíveis em todo o País, em conjunto com a Secretaria de Modalidades Especializadas", ressaltou Antônio Campos.
As sessões serão gratuitas, tendo em vista a inserção social e cultural de pessoas com deficiências sensoriais no universo do cinema - e, por isso, vão ocorrer em cinemas públicos. O primeiro a receber será o Cine Brasília, no Distrito Federal.
Os projetos
O Alumiar atende pessoas cegas, de baixa visão, surdas e ensurdecidas. Criado em outubro de 2017, o Alumiar já recebeu um público de mais de três mil pessoas, realizando mais de 40 sessões acessíveis, com AD, Libras e LSE. Além disso, os encontros de formação do projeto atenderam cerca de 380 estudantes e profissionais. Participaram dessas atividades 40 instituições de nove municípios pernambucanos.
Já o Índigo foi lançado em julho de 2018, com o objetivo de ampliar a acessibilidade nas salas da Fundaj para crianças, jovens e adultos com necessidades específicas, tais como Síndrome de Down e Espectro de Autismo. Durante pouco mais de um ano, foram exibidos 14 filmes, atraindo um público de cerca de 1,5 mil pessoas. A sala é preparada de maneira especial: o ambiente fica mais iluminado e o volume do som é reduzido. Ambos os projetos são comandados pela jornalista Ana Farache, coordenadora do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco.
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