As dicas de Carlos Ferreirinha para performar em grande estilo

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 07/08/2019 às 16:46
Carlos Ferreirinha 
Foto Paloma Amorim/Divulgação
Carlos Ferreirinha Foto Paloma Amorim/Divulgação

Se tem uma pessoa que conhece o mercado de luxo no Brasil é Carlos Ferreirinha. O consultor e estudioso do assunto foi o convidado, desta terça, no Mercado Riomar, para trazer alguns insights e agitar o cérebro dos presentes através da palestra chamada True Learnings.

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"O varejo é o termômetro número 1 da plenitude do consumo pela tomada de decisão", ensina. Para ele, os principais movimentos da gestão do luxo em 2019 são inovação, resiliência, diálogo e padrão. "O cliente não enxerga mais a diferença entre digital e físico. Precisa-se disponibilizar canais para que o cliente decida como se comunicar, gerar conteúdo diferenciado, com convergência de canais e ver oportunidade em tudo", adianta.

Ele destaca, em várias situações, a importância da imagem. "São os protagonistas do mundo atual", reflete. Para ele, é necessário que o mercado reformule como olhamos as coisas para compartilhar e acredita no conceito da instagramabilidade. "Atualmente, todo mundo está o tempo inteiro fotografando. Sobreviverá quem pensar em espaços para relacionamentos imagéticos".

Outro ponto importante é a diversidade. "Temos que prestar atenção nos guetos; na subcultura". O consultor destaca ainda que o posicionamento da marca é algo mais forte do que nunca. "É necessário ter um propósito claro e preciso; um código de existência". Qual o seu propósito? O que você veio fazer? Esses são questionamentos que todos devem fazer, colocar no papel e deixar claro para seus consumidores.

Para ele, não basta vender o produto, mas uma Experiências. "Precisamos trabalhar a venda como elemento da transformação e estimular a pessoa perceber isso pelo código da emoção", completa o consultor, ensinando como fisgar o coração do consumidor. E reforça que o trinômio entretenimento, comida e lazer devem andar junto para proporcionar algo que toque. "São grandes combustíveis do futuro".

Para os gestores e líderes, ele faz um alerta: "Viemos de uma era de cortar muitos custos e a criação fora suprimida. Precisamos criar, inventar mais. Teste. Erre. Teste novamente", pede.  O poder do storytelling pode ser uma porta a ser aberta com futuro promissor, assim como a personalização do relacionamento.

Ferreirinha também trouxe conceitos contemporâneos que devem estar na agenda de todos: o colab e  o ser sustentável (que é diferente de sustentabilidade). "Precisamos resgatar a humildade de não termos mais espaço, nem dinheiro, nem tempo para  fazer tudo que queremos".

Carlos Ferreirinha
Foto Paloma Amorim/Divulgação

 

REFLEXÕES

Ele ainda arrisca uma previsão de futurologia com cinco macrotemas para reflexão

1- Precisamos voltar a olhar pra frente. Estamos deixando de fazer o exercício para amanhã . Temos que ver de forma mais clara e enxergar de forma estruturada.

2- Liderança com convicção. Seja seguro para defender e acreditar. Coragem de correr os riscos. Não confundir com presunção.

3- Estamos na era líquida. Fazer com que a ocasião ser mais importante do que a posse. Relação com a posse será alterada. Tudo é muito fluído.

4- Momento de desconstruição. De testes. Precisamos enquadrar fracasso de outra forma. Permitir fazer mais. Repensar o fracasso.

5- Gentileza urbana - conceito de comunidade mudou e é necessário ter uma pressão para o bem estar . Preocupação com seu entorno, com sua rua. Envolver a comunidade. Cuidar do entorno. Gerar menos impacto. Não há mais espaço pra esperar o poder público.

 

APRENDIZADOS

O consultor também deixou alguns aprendizados que pincelamos aqui:

Crie ofertas personalizadas pra impactar as exclusividade

Aumente os sentidos para criar conexão emocional

Olhe pra sua categoria de forma transversal.

Mergulhe os clientes nos códigos da marca.

Limite o acesso. Nem tudo pode estar disponível para todo mundo

Enxergar criatividade e não apenas pelo tangível. Permita a criação, o lúdico.

Gerar e manter a energia do trabalho com muita excitação. Não adianta bom produto e serviço. Tudo tem que apoiar à venda.

Liderança como "adubo". Porque criou? Onde está o sonho? Qual foi a inspiração?

Empresas podem e devem intervir no hábito do consumo. Leve o cliente para aquilo que acredita

Aumente o nível de repertório. Lidere sua equipe com conhecimento.

Ser responsável pela educação de mão de obra. Estímulo pelo conteúdo.

Sentir a criação. Estimular mais. Acreditar nas histórias e estórias

Vivemos a era da conveniência; tudo através do clique. Precisamos incrementar os serviços. Ser mais autoral e personalizado.

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