Embarcamos nos voos inaugurais para Roma e Milão da Cabo Verde Airlines

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 05/07/2019 às 19:48
Aeronave da Cabo Verde Airlines - Foto: Divulgação
Aeronave da Cabo Verde Airlines - Foto: Divulgação

MILÃO - O Social1 viajou com a comitiva da Cabo Verde Airlines nos voos inaugurais da companhia para Milão e Roma, na Itália. A empresa aérea cabo-verdiana passa a oferecer as rotas em voos a partir do Recife, de Fortaleza e Salvador, sempre com conexões na Ilha do Sal, em Cabo Verde.

O voo inaugural para o Aeroporto de Malpensa, em Milão, decolou do Aeroporto de Sal na manhã da segunda-feira 1º de julho. Já o voo de Roma, do Aeroporto de Fiumicino, na capital italiana, subiu no fim da tarde de terça-feira, 2. Discursos, cortes de fitas, bolos e brindes celebraram as novas ligações aéreas.

LEG: No corte da fita do voo inaugural para Milão: o ger. de Marketing de Aviação do Aeroporto de Malpensa, Aldo Schmid; a cônsul-honorária de Cabo Verde em Milão, Ena Lopes, e o CEO adjunto das Cabo Verde Airlines, o português Mário Chaves - Foto: Saulo Montrond / Divulgação

Com a expansão das rotas aéreas, do Recife agora saem três voos semanais da Cabo Verde Airlines. Para Roma, a companhia oferece ida às terças, com volta às quartas e aos sábados; e para Milão, ida às quintas e aos domingos, com volta às segundas.

Há também mais uma ligação a Lisboa (ida às terças, quintas e domingos; volta às segundas, quartas e aos sábados), enquanto a de Paris está mantida (ida aos domingos; volta às quartas).

Tempo de voo e conexão

A duração do voo do Recife à Ilha do Sal é de cerca de 4h, enquanto de Sal a Milão ou Roma, aproximadamente 6h. A conexão em Sal leva, no máximo, 1h e é feita de forma eficiente: rápida e sem burocracia. É um tempo para descansar da poltrona do avião, alongar as pernas, respirar o ar de fora, ir ao banheiro em terra firme, espreguiçar-se.

O resultado é uma viagem quase direta. A companhia, aliás, fala em se especializar ainda mais na transferência, para que seja suave, suave.

Por dentro do avião

As aeronaves operadas pela Cabo Verde Airlines são todas Boeing 757-400, com capacidade para cerca de 180 pessoas e poltronas distribuídas em duas fileiras. Não há classe executiva, e sim comfort, que mais para frente deve ser convertida a uma categoria business.

Na comfort, são duas poltronas por fileira (já na classe econômica, três) e elas têm assentos mais largos; também sobra mais espaço para as pernas. Há descanso para os pés e reclinação suficiente para a média de tempo de voo. São distribuídos lençol e travesseiro.

Acima, desembarque na Ilha do Sal, para rápida conexão; abaixo, interior do Boeing 757-400 e refeição: cubos de peixes mais brócolis chapeados e arroz ao molho de tomate - Fotos: Romero Rafael / Social1

Serviço de bordo e conectividade

O pacote de entretenimento da companhia passa por reformulação e ainda não está disponível em todas as aeronaves. Em um dos aviões em que viajamos não havia o serviço; já noutro, um menu (ótimo) de filmes e séries (porém, todos com áudio e legenda só em inglês). Da mesma forma, a conectividade Wi-Fi e por cabo USB. São detalhes não tão meros que deverão ser resolvidos em até um mês, contou o CEO adjunto da empresa aérea, Mário Chaves.

Explicam-se as adequações ainda a ser implementadas: a Cabo Verde Airlines passa por um momento de transição - a empresa, antes estatal e chamada TACV, foi privatizada em 1º de março deste ano pela companhia aérea islandesa Icelandair.

Sobre o serviço de bordo, nos voos em que estivemos, foram comuns frutas, pão quente, manteiga, geleia, um bolinho típico de Cabo Verde (que mais parece uma queijadinha) e um prato quente, variando desde omelete com batatas a omelete com cachupa (prato típico cabo-verdiano que consiste num cozido de grãos de milho e feijão com carnes e verduras... experimentado e aprovado!). Em outro voo, filé mignon ou cubos de peixes, um deles salmão, ambos com acompanhamento.

Entre as bebidas, água, sucos, chá, café e vinhos - com destaque para rótulos cabo-verdianos produzidos nos vinhedos da Ilha do Fogo, formação rochosa derivada de atividade vulcânica.

Expansão

É ambicioso o plano de voo da Cabo Verde Airlines nesta fase privatizada, em que a Icelandair é majoritária, com 51%. A companhia, que já opera no Brasil (no Recife, em Fortaleza e Salvador), na Europa (Lisboa, Paris, Roma e Milão), nos Estados Unidos (Boston) e em Senegal (na capital, Dakar), anunciou que, neste segundo semestre, vai ampliar os destinos, inaugurando voos para Washington, EUA; Lagos, Nigéria; Luanda, Angola, e ainda uma capital no Sul do Brasil a ser divulgada.

O voo de Boston deverá mudar do Aeroporto de Praia, capital de Cabo Verde, de onde sai atualmente, para o da Ilha do Sal, tornando-o apto às conexões - inclusive com o Recife.

A companhia também incluiu entre as metas promover Cabo Verde como destino turístico. Hoje, é possível fazer stopover (tipo de longa conexão, em que a pessoa usufrui de um 3º destino, entre o de origem e o final) de até sete dias no arquipélago africano.

Cabo Verde

Formada por dez ilhas, Cabo Verde oferece desde praias de areia branca com águas límpidas, abastecidas com resorts de grande bandeiras globais, até destinos históricos, para turismo cultural; montanhosos, para aventura; e de vinícolas.

Para impulsionar a inauguração dos voos de agora, a Cabo Verde Airlines pratica tarifa promocional para Roma, a quem comprar os bilhetes até o dia 16 deste mês e viajar até setembro. Ida e volta, com bagagens incluídas, mas sem taxas, podem sair por cerca de 350 dólares. Ainda não é possível parcelar o valor das passagens no site da companhia - no entanto, dá para fazê-lo em outros canais de venda e via agências de viagens.

*Repórter viajou a convite da Cabo Verde Airlines

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