"Sou chamada de fascista", comenta Regina Duarte

Victor Augusto
Victor Augusto
Publicado em 30/05/2019 às 10:57
Regina Duarte - Foto: reprodução
Regina Duarte - Foto: reprodução

Em entrevista concedida ao Programa do Bial exibido nessa quarta-feira (29), Regina Duarte comentou as críticas que vem recebendo desde que declarou apoio ao então candidato Jair Bolsonaro, eleito presidente em 2018. A atriz comemora os 40 anos do lançamento do seriado Malu Mulher.

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"Em 2002 fui chamada da terrorista e hoje sou chamada de fascista, olha que intolerância?", comentou Regina Duarte ao falar sobre as críticas que recebe, sejam elas pelos mais diversos motivos.

Quando estreou Malu Mulher, em 1979, a atriz e a série foram bastante criticados, pois a produção falava sobre emancipação da mulher na sociedade brasileira. Ela vivia uma socióloga que, divorciada, buscava sua independência financeira, respeito no trabalho e liberdade de relacionamentos amorosos.

"Diziam que eu estava subvertendo a família brasileira", lembrou Regina. Um dos episódios, no qual a socióloga se disfarçava de prostituta para fazer uma pesquisa sobre prostituição em São Paulo, chegou a ser censurado. Intitulado Malu, a Rainha da Boca do Lixo, ele chegou a ser liberado, mas não a tempo de ser exibido antes do fim da série.

Regina Duarte em Malu Mulher (Imagem: Reprodução) Regina Duarte em Malu Mulher (Imagem: Reprodução)

Ainda no programa, Regina revelou uma má interpretação do movimento feminista, contando que se distanciava da sua personagem: "Eu nunca me declarei feminista, mesmo fazendo Malu. Eu achava que não era por aí, que tinha caminhos intermediários, que tinha que negociar mais, que não podia se afastar do homem".

Feminismo, porém, é amplamente entendido como um movimento que busca a "igualdade de condições entre homens e mulheres, no sentido de que ambos tenham os mesmos direitos e as mesmas oportunidades", segundo definição do Brasil Escola.

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