Dia das Mães: O companheirismo entre mãe e filho no tatame

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 29/04/2019 às 8:00
Fabíola e Arthur /Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem
Fabíola e Arthur /Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem

O Social1 dá continuidade ao Especial Dia das Mães com a história da fisioterapeuta e professora de Educação Física Fabíola Gomes, que treina Krav Maga com o filho Arthur, de 13 anos, na Associação Nagai, em Boa Viagem, no Recife. No tatame, a cumplicidade entre mãe e filho fica evidente. É lá que os dois dividem a paixão pela arte marcial israelense que praticam há três meses.

Acostumada a correr com Arthur, Fabíola explica que quis colocar o menino na luta para descarregar as tensões comuns em um pré-adolescente. Ela também conta que escolheu lutar porque, além de melhorar o condicionamento físico, queria aprender as técnicas da defesa pessoal.

Arthur, Fabíola e Henrique Rocha - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem

Treinar junto com a mãe nunca foi problema para Arthur: “É algo normal. Nessa hora, ela é para mim uma colega e, normalmente, não treinamos os golpes em dupla. Na maioria das vezes, treino com amigos”, conta. Vivendo a fase da adolescência, na qual os jovens costumam se afastar dos pais, Arthur fala que curte a companhia da mãe e que nunca ouviu nenhum tipo de piadinha vindo dos colegas.

“Isso de ter vergonha de estar perto da minha mãe não existe. Ninguém fala nada contra nem faz piada, até porque não exponho isso como um troféu, falo para quem é mais próximo de mim”, diz.

Na luta - Foto: Dayvison Nunes /JC Imagem

A maternidade

Casada com o funcionário público André Santos, Fabíola é também mãe de Lara, 7 anos. Ela conta que os dois filhos foram planejados: “Sou mãe por opção. Não tenho desculpas de não ter hora para eles, mesmo trabalhando, meus filhos são mais importantes”. E se Lara quiser entrar para o time da luta? Fabíola afirma que "se ela quiser, vai entrar, sim! Estou aqui para acompanhá-la. Para o que der e vier".

Sobre as dificuldades em ser mãe, Fabíola aponta o desafio de mostrar a realidade para uma geração que recebe informações virtuais o tempo todo. “Não é fácil educar num mundo em que não se pode ir à rua por falta de segurança”, constata. A fisioterapeuta também compara as gerações: “Cresci andando de bicicleta na rua, meus filhos não podem viver isso, e isso não tem preço. A liberdade não tem preço”.

Brincadeira - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem

Por não possuir regras, nem competições, o Krav Mag não é considerado um esporte e pode ser praticado por pessoas de todas as idades, gêneros e condicionamentos físicos. Segundo Henrique Rocha, o instrutor da Associação Nagai, onde Fabíola e Arthur treinam, é cada vez mais crescente o interesse dos jovens: "Tenho em minhas aulas cerca de 9 crianças e vem crescendo cada vez mais, afinal, comecei a divulgar para a criançada apenas de outubro pra cá", conta.

 

Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem
Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem
Treino / Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem - Treino / Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem
Cumplicidade /Foto: Dayvison Nunes/ JC Imagem - Cumplicidade /Foto: Dayvison Nunes/ JC Imagem
Carinho /Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem - Carinho /Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem

Mensagem

O blog pediu a cada um que deixasse uma mensagem, neste Dia das Mães:

Gostaria de parabenizar a todas as mães de 'verdade', e não estou falando sobre carregar na barriga. Estou falando daquelas que vivem para os seus filhos e lutam por um futuro melhor para eles. Que muitas vezes não têm como criá-los como queriam, mas almejam o melhor, mesmo com algum tipo de limitação.

Fabíola Gomes, mãe

Quero agradecer a tudo o que ela fez por mim, pela educação, pelas broncas, pelas frases que vêm automaticamente quando a mulher se torna mãe (risos), por tudo! Feliz Dia das Mães!

Arthur, filho

LEIA TAMBÉM:

Mãe e Pai: O desafio de Cristina, 'pãe' de três filhas

A história de Ana Helena, que doou um rim ao filho

Últimas notícias