Executivo do Vale do Silício defende: "Quer produtividade? Dê liberdade"

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 24/04/2019 às 18:48
Wesley Barbosa na palestra do Lide Futuro - Foto: reprodução do Instagram
Wesley Barbosa na palestra do Lide Futuro - Foto: reprodução do Instagram

Por Mirella Martins

Wesley Barbosa é um dos principais executivos do Vale do Silício, na Califórnia. Nascido na periferia de Maceió, aos 33 anos, pode-se dizer que ele venceu na vida. Nesta quarta (24), em palestra no Lide Futuro, apresentou em 90 minutos um pouco do conhecimento que adquiriu.

O alagoano crê que a versatilidade é a qualidade mais importante num trabalho, e que horas trabalhadas fazem parte do passado; ou seja, aquela recomendação pra "chegar antes e sair depois" caiu por terra. "A melhor performance é a medição do resultado." E ele desconstrói mais: "Trabalhe com inteligência, e não com esforço; esse é o sentimento da pós-evolução industrial".

Para Wesley Barbosa, aliás, ativar a criatividade é premissa de respeito ao ser humano ("Quer produtividade? Dê liberdade") e acionar a capacidade de inovar é uma habilidade de grande valia - inclusive, para pensar em soluções para aqueles profissionais que estão sumindo ou vão sumir com a revolução 4.0. Por exemplo, no caso de um cobrador, que é substituído por máquina, precisa-se de inovação para criar, instalar e consertar as tais máquinas. As profissões do futuro, então, estão dentro do campo da inovação.

O executivo projeta que as forças que cada um tem são uma das principais virtudes do sucesso, que é algo possível mesmo que não sejamos bons em tudo. Vale, aqui, a aprendizagem de que é melhor fortalecer o que há de melhor do que correr atrás do que não é tão bom. Força, então, é tudo aquilo que nos fortalece, de fato – enquanto "o cérebro foca sempre na negatividade, nas nossas fraquezas", ensina ele, que incentiva as pessoas a identificarem esses pontos.

Wesley Barbosa ainda desmistifica o conceito de liderança – tão em voga atualmente. "Tem que ser algo situacional. Não é questão de habilidade e capacidade, mas de quem detém conhecimento naquele momento". Mas seu foco maior é na neuroplasticidade – a capacidade de expansão do cérebro. Estudioso da MIT no assunto, mostrou pesquisa em que a música (numa prática de 1h por dia!) é a única ação capaz de acelerar, multiplicar e oferecer mais conexões sinápticas, o que resulta em decisões mais assertivas e equilibradas. "O foco não é sobre inteligência emocional, mas sobre ter emoções inteligentes."

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