Liam Neeson faz comentário racista e tenta explicar. Entenda:

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 06/02/2019 às 9:18
Foto: Instagram/reprodução
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O ator Liam Neeson causou polêmica após ter admitido em entrevista ao jornal britânico The Independent já ter saído de casa para deliberadamente tentar matar um homem negro. O comentário foi feito durante uma entrevista para promover seu novo filme, Vingança a Sangue Frio, em que um homem busca punir os responsáveis pelo assassinato de seu filho.

Ao falar sobre o comportamento do seu personagem, o ator britânico de 66 anos comentou que "algo primitivo" surge em alguém quando uma pessoa próxima é vítima de violência. "Deus te livre de ter algum membro da família ferido em uma situação criminosa. Vou te contar uma história. É verdadeira." Em seguida, relatou que, há 40 anos, após voltar de uma viagem ao exterior, uma pessoa próxima, que morreu há cinco anos, contou ter sido vítima de violência sexual.

"Ela lidou com o estupro de uma forma extraordinária. Mas minha reação imediata foi... Perguntei a ela 'você conhece quem fez isso?' [Ela respondeu que] Não. 'Qual era a cor dele?' Ela disse que tinha sido uma pessoa negra", disse Neeson. O ator disse ter saído em busca de um alvo para extravasar sua raiva. "Percorri as ruas com um bastão, esperando que alguém me abordasse - tenho vergonha de dizer isso - e o fiz por talvez uma semana, esperando que [o ator faz o sinal de aspas com os dedos] um 'negro desgraçado' saísse de um bar e tentasse me provocar sobre alguma coisa, sabe? Para que pudesse matá-lo." Na mesma entrevista Neeson, disse: "Foi horrível, horrível que tenha feito aquilo. Nunca admiti isso, e o estou fazendo para um jornalista. Deus me perdoe. Foi terrível, mas eu aprendi uma lição com isso".

 

A fala repercutiu muitos entre os fãs e na imprensa americana também. O ator foi chamados de racista por muitos. Nesta terça-feira (6) Neeson negou ao programa Good Morning America, da emissora americana ABC, ter preconceito.  Questionado sobre o que desejava que as pessoas aprendessem com sua experiência, ele disse: "A conversar. A se abrir. Todos fingimos que somos todos politicamente corretos neste país. No meu também [Neeson é irlandês]. Às vezes, você arranha a superfície e descobre esse racismo e fanatismo que estão lá".

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