Morre o ator Caio Junqueira, astro de "Tropa de Elite"

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 23/01/2019 às 9:35
Caio Junqueira, no filme "Tropa de Elite", em que interpretou o aspirante Neto Gouveia - Foto: reprodução
Caio Junqueira, no filme "Tropa de Elite", em que interpretou o aspirante Neto Gouveia - Foto: reprodução

Depois de lutar pela vida pro uma semana, o ator Caio Junqueira não resistiu aos ferimentos causados por um acidente de carro na quarta-feira (16) passada e morreu. O artista tinha 42, fez várias novelas e minisséries na Globo e ficou ainda mais famoso ao interpretar o policial Neto do filme "Tropa de Elite".  Ele estava internado no Hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro. A Secretaria de Saúde do Rio confirmou a morte.

No dia do acidente, Caio dirigia sozinho pelo Aterro do Flamengo, em direção ao Centro da cidade, quando perdeu o controle do carro, que subiu o meio-fio, bateu numa árvore e capotou. Com duas fraturas expostas, seria operado hoje, mas os médicos decidiram esperar um pouco. Câmeras da prefeitura instaladas no local flagraram a hora do acidente. Num primeiro momento, por volta das 13h15, era possível ver o veículo trafegando em alta velocidade na faixa da direita, no sentido Centro, na altura da Avenida Oswaldo Cruz, no Flamengo, também na Zona Sul. Dois minutos depois da primeira imagem registrada, já na altura do bairro da Glória, o motorista cruzou a pista em alta velocidade e invadiu o canteiro central da via. O veículo capotou e ficou parcialmente destruído.O ator estava sozinho no carro e foi socorrido pelos bombeiros para o Miguel Couto, onde passou por cirurgia.

Caio era filho do ator Fábio Junqueira (1956/2008) e irmão de Jonas Torres, conhecido como o Bacana da série "Armação ilimitada" (1985/1988). O gosto pela profissão revelado na infância se consolidou na adolescência quando o ator estreou na Globo, em 1990. Neste ano, emendou dois trabalhos na emissora: a minissérie "Desejo" e a novela "Barriga de aluguel". Quatro anos depois, fez sua segunda novela, "A viagem", seguida pelas séries "Engraçadinha" (1995), "Hilda Furacão" (1998) e "Chiquinha Gonzaga" (1999).

Na década seguinte, Caio também fez vários trabalhos na Globo, entre eles a novela "O clone" (2001) e a minissérie "Um só coração" (2004). Um ano depois, o ator fez o remake de "Escrava Isaura", na Record TV, onde protagonizou "Ribeirão do tempo" (2010) e atuou em obras bíblicas como "José do Egito" (2013) e "Milagres de Jesus" (2014).

O cinema também ocupou espaço de destaque na trajetória profissional de Caio. O ator atuou em grandes sucessos nacionais, entre eles "O que é isso companheiro" (1997), "Central do Brasil" (1998), "Abril despedaçado" (2001), "Zuzu Angel" (2006) e "Tropa de elite" (2007). As peças de teatro "Os justos" (2005) e "Hamlet" (2008) também estão no currículo de Caio.

 

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