A distopia criada por Margaret Atwood em The Handmaid's Tale (1985), vista por muitos como uma espécie de presságio, deve continuar ajudando seus leitores a interpretar as — tristes — mudanças políticas e sociais que esgueiram-se das suas páginas para a realidade a ser construída nos próximos anos. Isso não acontece somente por causa da temática da obra, mas também porque seu livro deve ganhar uma sequência em setembro de 2019.
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No seu Twitter, Margaret Atwood explicou que a sequência deve chamar-se The Testaments e não deve ter conexão direta com a história de Offred, personagem através da qual são presenciados os fatos e interpretações do primeiro livro. A nova obra, a ser lançada 34 anos após a publicação original, deve ser narrada por três personagens femininas que vivem 15 anos após o final do primeiro livro.
"Tudo o que vocês me perguntaram sobre Gileade e trabalhos internos foram a inspiração para esse livro. Quer dizer, quase tudo. A outra inspiração foi o mundo que vivemos", disse a autora através de comunicado ao site estadunidense.
Além disso, o anúncio afirma que The Handmaid’s Tale tornou-se "um símbolo do movimento contra Donald Trump, lutando pelo empoderamento feminino e resistindo diante da misoginia e a retirada de direitos das mulheres pelo mundo".
Série
O sucesso de The Handmaid's Tale, que já vendeu cerca de 8 milhões de cópias em inglês, fez com que a obra de Margaret Atwood fosse adaptada para uma série produzida pela Hulu’s. Atualmente, a produção encontra-se na sua segunda temporada e uma terceira está prestes a ser lançada, também no próximo ano. Ela segue o roteiro do livro nos seus 10 primeiros episódios, que lhe renderam oito prêmios no Emmy 2017.
