Karol Lannes, de 'Avenida Brasil', fala sobre ser lésbica: "Nunca escondi"

Igor Guaraná
Igor Guaraná
Publicado em 28/09/2018 às 14:43
Karol Lannes interpretando Ágatha, na novela "Avenida Brasil" e atualmente.
Karol Lannes interpretando Ágatha, na novela "Avenida Brasil" e atualmente.

Conhecida por seu papel como Ágatha, na novela Avenida Brasil, Karol Lannes falou sobre seu amadurecimento profissional e pessoal. Morando no Mato Grosso do Sul, a atriz estuda Artes Cênicas na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) e atua como DJ nas horas vagas. Lannes, apesar de nunca ter comentado sobre o assunto publicamente, revelou que é lésbica.

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"Nunca escondi, mas também nunca falei com todas as letras. Até por conta dos meus pais, porque eu sei da exposição que isso causaria para eles. Mas eu acho que agora cada um está tendo a sua vida. Eu sou lésbica, e não é porque eu fui criada por pais gays. Esse julgamento é o meu maior medo", contou. Karol é filha de Fábio Lopes e o dermatologista João Paulo Afonso. Apesar do ambiente favorável, ela manteve-se receosa sobre como deveria tratar o assunto com os pais.

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"Contei um pouco antes de sair de casa. Eles tiveram uma reação um pouco controversa. O medo deles seria de eu passar por coisas ruins, como as que eles devem ter passado. Eles me apoiam, perguntam se eu estou namorando e respeitam as minhas escolhas. Já vi muitos comentários no Instagram dizendo que eu ia ser lésbica porque os pais são gays, mas se dependesse dos meus pais, eu ia ser o hétero mais hétero do mundo, eu ia gostar de homem, porque a vida inteira eu vi eles falando de homens bonitos e isso e aquilo. E outra: os meus pais queriam que eu fosse a princesinha. Então, não tinha sentindo nenhum eu ser 'sapatão'", diz.

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Ela conta que seu primeiro beijo em uma garota foi aos 15 anos e já namorou uma paulistana. Aproveitando o ótimo momento, Karolina enfatiza que não tem nada a esconder: "São poucas as atrizes que são assumidas, porque elas têm muito medo de rejeição. 'Ah, dizem que uma sapatão não pode fazer um papel hétero. Quantos anos já faz que essas atrizes têm essa sexualidade? Desde sempre. E por que agora? Porque agora a gente está tendo uma voz que vai contra uma voz que está nos difamando e nos ameaçando. Na época da escola, uns moleques pegavam no meu pé quando eu não queria ficar com eles, mas só. Não sofro preconceito, mas ele existe. Eu só ando com pessoas que eu sei que vão me aceitar do jeito que eu sou", finalizou.

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