Líder do movimento #MeToo se pronuncia sobre caso Asia Argento: "O progresso está sendo feito"

Igor Guaraná
Igor Guaraná
Publicado em 23/08/2018 às 14:16
Esquerda: Asia Argento, acusada de assédio por garoto de 17 anos. Direita: Alyssa Milano, líder do movimento #MeToo
Esquerda: Asia Argento, acusada de assédio por garoto de 17 anos. Direita: Alyssa Milano, líder do movimento #MeToo

Essa semana, a atriz italiana Asia Argento vem enfrentando uma série de acusações após documentos criptografados revelarem seu envolvimento em um caso de assédio sexual contra um garoto, na época, com 17 anos de idade. Depois das revelações pelo The New York Times, a atriz se defendeu, mas o TMZ divulgou uma foto do suposto casal, na cama e, aparentemente, em um momento íntimo.

Mas, a líder do movimento #MeToo, Alyssa Milano, resolveu se pronunciar sobre o caso. A atriz disse que o episódio não descaracteriza a luta do movimento, entretanto, não defendeu sua companheira de militância. Além disso, ela afirma que o #MeToo vem mostrando resultados positivos no mundo. “Aqueles que foram abusados também podem ser abusadores”, afirmou Milano. “O fato de que as pessoas ainda estão se apresentando e ainda expondo as pessoas responsáveis ??por suas ações, independente de ser homem ou mulher, para mim, é a prova de que o movimento ainda funciona e que progresso está sendo feito”, ressaltou.

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Argento foi uma das primeiras atrizes a denunciar o produtor Harvey Weinstein por estupro, inaugurando a luta contra os abusos sexuais dentro da indústria do entretenimento. Ben Brafman, advogado de Harvey, alegou que o movimento é "hipócrita". Alyssa rebateu o comentário: “Pode vir, não tenho nenhum medo sobre o movimento #MeToo. Eles podem chamar o movimento do jeito que quiserem. Para mim, a única coisa que ele faz é permitir que nós identifiquemos problemas para discuti-los." Para concluir, Milano disse que Asia não é líder do #MeToo, mas sim, uma vítima como qualquer outra.

“Eu nunca a conheci. Nunca falei com ela. Esse é um movimento onde homens e mulheres se posicionam contra abusos de poder e responsabilizam essas pessoas. Não é como se houvesse algum conselho consultivo. Acho que ela é uma voz que tornou pública a sua história, mas tem muitas outras histórias como da Asia”, finalizou.

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