Do biógrafo de José Pimentel, Cleodon Coelho: 'Pimentel viveu muitas glórias'

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 14/08/2018 às 12:59
 Foto: Alexandre Gondim/Arquivo JC Imagem
Foto: Alexandre Gondim/Arquivo JC Imagem

De Cleodon Pedro Coelho

Especial para o Social1

No final de 2017, fui à casa de José Pimentel com uma missão especial: ler para ele a versão final de sua biografia, "José Pimentel - Para Além das Paixões". Foram quase dois anos de convivência, em que fui (re)descobrindo as muitas facetas desse homem, o qual conheci - diga-se - como professor de "Produção Gráfica" no curso de Jornalismo da UFPE.

Pimentel viveu muitas glórias. Esteve no elenco original de "O Auto da Compadecida", foi dirigido por nomes como Hermilo Borba Filho e Clênio Wanderley (fundamentais para a sua atuação como encenador), viveu os tempos áureos dos teleteatros, foi o irreverente apresentador do programa "Sinal Fechado", criou espetáculos épicos como "Batalha dos Guararapes" e "O Calvário de Frei Caneca", atuou em filmes como o cultuado "A Noite do Espantalho"... Muitas vidas numa só.

Nos dois anos em que convivemos mais proximamente, para a realização do livro, Pimentel sempre me surpreendia com alguma novidade. Não por acaso, a foto escolhida para a capa, encontrada em meio aos envelopes amarelados que se acumulavam em um dos cômodos da casa, o mostrava como um verdadeiro galã. E ele brincava: 'Rapaz, eu era bonito'.

No dia 10 de janeiro desse ano, passamos o dia dando entrevistas e, à noite, finalmente lançamos o livro, numa calorosa (e calorenta) sessão de autógrafos, que durou mais de três horas. Minha missão estava cumprida: a história de José Pimentel ficou eternizada naquelas páginas, "Para Além das Paixões". Só tenho a agradecer a confiança e dizer que foi uma grande honra. Obrigado, Pimentel!

 

  • Cleodon Coelho é jornalista, roteirista e escritor. Atuou no Jornal do Commercio entre 1993 e 1997.

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