Deborah Secco fala sobre estupro da sua personagem em "Segundo Sol": "difícil de assistir"

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 03/08/2018 às 11:19
Deborah Secco /Foto: Reprodução
Deborah Secco /Foto: Reprodução

No capítulo de Segundo Sol que foi ao ar nesta quinta-feira (2), Karola, personagem de Deborah Secco, foi forçada a fazer sexo com o amante, Remy (Vladimir Brichta). O irmão de Beto Falcão (Emília Dantas), que descobriu que Valentim, na verdade, é filho de Luzia (Giovanna Antonelli), q e teve o filho recém nascido roubado pela vilã.  Na cena, Karola é chantageada por Remy.

A cena do estupro levou Deborah Secco a se posicionar nas redes sociais. "Como muitos torcem contra a vilã, a violência de Remy pode soar aceitável. Mas não é", frisou a atriz. Para ela, o autor da novela, João Emanuel Carneiro, fez uma “provocação”. "Se a cena causa asco, é porque a violência sexual é asquerosa, e exibir a cena é uma forma de denunciar esse tipo de crime".

“Hoje vi pessoas angustiadas com a cena de violência entre Remy e Karola. É violência, sim. É absurdo, sim. É difícil de assistir, sim. Mas o que seria da arte se não fosse a provocação? Se não nos fizesse chorar, rir, nos indignar… ? Pra quem não viu, a cena foi a vilã sendo sexualmente violentada pelo amante. Pode até ter existido quem se divertiu com a dor dela, ter achado que ela merecia, mas a maioria me perguntou se eu tinha enxergado a violência da cena. Claro que enxerguei”, escreveu Deborah.

“Claro que sentimos isso na hora de gravar. Claro que pensamos em quem passa pela situação. Mas que bom! Que bom ver o papel provocador da arte se implementar em forma de indignação. Essa é a nossa função na sociedade. Obrigada, Karola! Obrigada, Vlad (gênio!!!), @mmedicis , Dennis e toda equipe por tornar essa representação possível e cheia de respeito. Retratar a vida é expor as feridas, é colocar a arte a serviço da sociedade. É lutar para que essa indignação seja força para mudar! Sigamos!”

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