Fábio Assunção fala sobre sua luta contra as drogas: "As coisas estavam saindo do meu controle"

Igor Guaraná
Igor Guaraná
Publicado em 19/07/2018 às 15:20
Reprodução/Instagram
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Em entrevista para a revista Trip, o ator Fábio Assunção falou sobre sua luta contra a dependência química, seu relacionamento com a também atriz Maria Ribeiro e política. Com uma batalha diária, ele explica que o peso de ser uma pessoa pública não ajudou no processo. E em sua primeira consulta ao AA (Alcoólicos Anônimos), Fábio foi abordado por um paparazzo. “A primeira vez que achei que as coisas estavam saindo do meu controle, em 2008, fui ao AA [Alcoólicos Anônimos]. Estava me sentindo envergonhado, muito preocupado com as pessoas saberem. Cara, na hora que eu saí, tinha um paparazzo do lado de fora. Então, eu nunca tive a possibilidade de viver esse processo com privacidade”, declarou.

O intérprete conta que o início do vício foi justamente para bloquear certos sentimentos, como saudade, perda, relacionamento, dor. Sem preparo, ele sucumbiu a dependência química. ”Se você está feliz, se está com saudade, se tem uma perda ou se acaba um relacionamento, tem que vivenciar isso e dói. Essas coisas… Todo mundo sente o impacto desses sentimentos, não são sentimentos fáceis. Então acho que foi uma forma de não sentir, uma coisa que eu não tinha preparo para me relacionar. Sim, é um trabalho diário mesmo. Não sei como é para cada um. Mas é isso. Eu acho que, tendo foco, é possível", revela o ator.

Amor

Juntos há quatro meses, o artista oficializou o relacionamento com a atriz Maria Ribeiro e descartou qualquer término do casal. "A gente se conhece há muitos anos. Tivemos esse reencontro agora só. Está num momento incrível. Viajo sempre que acabo um trabalho, agora eu vou viajar para a Itália. Vamos eu e Maria para lá."

Política

Na entrevista, ele revela o interesse do ex-presidente Lula para que se afiliasse ao PT, em 2017. A intenção do político era criar uma comissão para discussão de uma política sobre drogas. "Falei que sim. E a gente fez algumas reuniões, ele disse que era muito importante conversar sobre isso com as famílias brasileiras." Além disso, ele criticou o prefeito de São Paulo, João Dória, por sua conduta sobre a cracolândia: "O Brasil tem muito o que mudar nessa área, que é muito central. Se jogar a droga na ilegalidade, ela vira um instrumento de extermínio. É muito pesado o que falei, mas o que o Dória fez na Cracolândia foi uma violação de direitos humanos flagrante, uma coisa absurda", finaliza.

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