Dia do Rock: Entre no clima com nossa Playlist especial

Victor Augusto
Victor Augusto
Publicado em 13/07/2018 às 7:16
Freddie Mercury, David Bowie e Axl Rose fazem parte da playlist do Dia do Rock (Imagens; Reprodução)
Freddie Mercury, David Bowie e Axl Rose fazem parte da playlist do Dia do Rock (Imagens; Reprodução)

O Dia do Rock é celebrado internacionalmente nesta sexta-feira (13). A data foi declarada por Phill Collins, da banda Genesis, durante o festival Live Aid de 1985. O estilo musical não se resume ao som: as vozes e instrumentos de grupos como Beatles e cantores como Fredie Mercury e David Bowie espalharam um estilo de vida que revolucionou a forma de pensar da juventude da segunda metade do século passado. Graças a esse movimento, jovens da geração atual desfrutam de uma sociedade mais libertária.


Gosta de Rock? Confira a história de grandes nomes do ritmo


Criamos uma Playlist para você curtir este dia do rock e ainda separamos a história de como surgiram três grandes canções do rock internacional.

Bohemian Rhapsody, Queen (1975)

Ninguém sabe ao certo o significado original de Bohemian Rhapsody. A incerteza abriu espaço para diversas interpretações, o que pode explicar os sentimentos singulares que cada ouvinte tem ao escutar o clássico lançado pela banda Queen em 1975.

Há quem diga que a canção fala sobre um jovem de origem pobre que matou um homem que teria roubado sua namorada.

Outros chegaram a afirmar que se trata de um rapaz que, descobrindo que era portador do vírus HIV, percebeu que havia sentenciado o parceiro à morte e logo que teria sido julgado pelas pessoas da sua cidade e pelo próprio Satanás. Porém, essa versão cai por terra, uma vez que a o HIV só foi "descoberto" em 1981.

Mesmo sem significado concreto, a música já era especial antes mesmo de nascer. Assim como alguns amores, ela surgiu na cama. Freddie Mercury costumava dormir na cabeceira do piano e, dessa forma, quando tinha um insight, já conseguia transformá-lo em notas musicais.

Segundo Roger Meddows-Taylor, baterista da banda, ele anotava as ideias para Bohemian Rhapsody em pedaços de papéis. Dessa forma, quando o Queen finalmente foi gravá-la, ela se encontrava na cabeça do seu lendário vocalista e nos seus pedacinhos de papel.

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Vale lembrar que a gravação durou mais de um mês, por causa das várias vozes e instrumentos sobrepostos e dos cinco estúdios pelas quais ela passou. Depois de pronta, a EMI (gravadora da banda) demorou para aceitar lançar uma música tão longa.

Inserida em um tema de ópera (seu disco era A Night at the Opera), a música contém várias palavras retiradas desse universo: 'Fandango', 'Figaro', 'Magnifico' e 'Mammia Mia'. Além disso, houveram influências do próprio Alcorão. As palavras "Scaramouche" (covarde) e "Bismillah" (em nome de Alá) são do livro sagrado dos muçulmanos.

Se nesse dia do Rock você escutar que o ritmo se trata apenas de guitarras e gritarias, lembre-se de mostrar a trabalheira que Freddie Mercury e os integrantes do Queen tiveram.

Heroes, David Bowie (1977)

Foi na Berlim da Guerra Fria que a mente nada tranquila de David Bowie encontrou sua fonte de inspiração. Dela, nasceu o álbum Heroes, único gravado inteiramente na capital alemã. Vale lembrar que o clima cinza da cidade também marcou o período de desintoxicação de David Bowie, se é que ele existiu de fato.

A música título do álbum, lançado e 1977, é um dos carros chefes do "Camaleão do Rock", como ficou conhecido pelas suas metamorfoses. Vale lembrar que essa figura - hora esquelética, hora menos pálida, de cabelos vermelhos que poderiam mudar de cor repentinamente -  significou a chegada de tempos mais libertários.

O álbum pode ser entendido como um sentimento que Bowie teve pelo reconhecimento do álbum Low, lançado pouco tempo antes. Mas, na verdade, vai além disso. É o olhar de um jovem em mutações que viveu e cantou há pouco menos de 500 metros dos soldados soviéticos.

A ideia para a música, porém, surgiu quando David Bowie flagrou Tony Visconti, seu produtor, tendo um caso com uma backing vocal. Como Visconti era casado, a paixão estava condenada ao fracasso desde o seu nascimento. Mas onde muitos poderiam enxergar algo dramático, o Camaleão viu inspiração.

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Na sua música, ele confirma a ideia de que os amores não precisam durar para sempre: os amantes não estão aptos a viverem juntos para sempre, mas por estarem um com o outro naquele momento, tudo já valeu a pena.

Logo depois, a comunidade LGBT adotou a canção, uma vez que não tinham perspectiva de um futuro com seus parceiros, uma vez que a homossexualidade era crime em vários locais.

Sweet Child O’ Mine, Guns N' Roses (1987)

Claro que o rock estadunidense não poderia ficar de fora dessa lista. E nada melhor que Sweet Child O’ Mine para traduzir o espírito desse ritmo no país. A música foi lançada em 1987, enquanto Guns N' Roses ainda fazia a abertura de shows para a banda Aerosmith. Eles só perceberam que o sucesso chegou quando pessoas começaram a frequentar os shows apenas para vê-los.

Você sabia que, apesar de ser a grande música da banda, Slash (guitarrista), nunca pareceu muito satisfeito com ela? Em entrevista para a rádio Cincinnati, ele desabafou sobre a criação.

Eu não odiava, mas não gostava de 'Sweet Child O' Mine. E isso dá uma boa ideia de quão credível minha opinião é ... Ao mesmo tempo, é uma ótima música - eu não estou batendo nela - mas ela simplesmente não se encaixava com o nosso estilo"

Slash em entrevista para a rádio Cincinnati

Vamos ao que interessa? Nossa playlist para o Dia do Rock!

https://open.spotify.com/user/victoraugustot/playlist/4bg04jyMiMc5ohNX37ePqU

 

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