Duelo contra a Costa Rica: Brasil é especialista no campo, mas pode aprender muito fora dele

Victor Augusto
Victor Augusto
Publicado em 21/06/2018 às 8:56
Costa Rica (Imagem: Reprodução)
Costa Rica (Imagem: Reprodução)

Nesta sexta-feira (22), às 9h, O Brasil enfrenta a Costa Rica pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo 2018. Em campo, os brasileiros são favoritos. Fora dele, podemos aprender muito com a história dos nossos adversários.

Você sabia que o país não tem exército, conta com um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) da América Latina, atingindo a marca de 0,766, e possui uma das democracias mais antigas do continente? Descubra um pouco mais sobre a história, geografia e cultura dos adversários.

Vamos de História?

E tem lugares legais pra se visitar?

E o que eu vou escutar se visitar a Costa Rica?

O cenário musical costarriquenho está bastante aquecido! Eles entraram no clima da Copa e a música mais escutada no país é Live it Up, música oficial do mundial que foi gravada por Nicky Jam, Will Smith e Era Istrefi. Na playlist TOP 50 do Spotify, é possível encontrar o hit Downtown, de Anitta e J Balvin.

E o cenário musical nacional? Confira três nomes

Malpaís: O grupo é considerado um dos mais populares da história da Costa Rica. A nível nacional, seu alcance é absoluto graças às letras emotivas que resgatam sons típicos do folclore e culturas tradicionais do país. A banda ficou no topo do cenário musical costarriquenho até seu fim, que aconteceu em 2011 com a morte do vocalista Fidel Gamboa.

Sonámbulo: É uma espécie de orquestra de rua que busca colocar seu público pra dançar em qualquer situação. Tocam um ritmo batizado pelos próprios de "psicotropical", misturando cumbia, bolero, ska, reggae, funk, rock. Vencedores na categoria "artistas do ano" em 2012 pela 89decibeles, Sonámbulo cativou o público dentro e fora da Costa Rica com seu ritmo alegre e hoje é uma das bandas que se encontram com maior perspectiva de projeção internacional.

Patterns: Vencedores na categoria "música do ano" pela 89decibeles com a música Funny Days, Patterns faz um resgate das batidas dos anos 80 e dominou o cenário alterna costarriquenho desde 2012.

Tem comida gostosa?

Tem, claro! A culinária costarriquenha conta com muitos pratos que lembram um pouco a cozinha dos seus colegas latinos, como o Brasil. Confira três refeições típicas da Costa Rica e se inspire para o almoço desta sexta:

Feijão com Arroz: O prato típico dos lares brasileiros também está presente nas mesas costarriquenhas, só que de forma um pouco diferente. O feijão com arroz de lá conta com molhos, principalmente o de mostarda, com fortes temperos locais. O acompanhamento favorito dos nativos é a carne de boi.

Feijão com arroz costarriquenho (Imagem: Reprodução) Feijão com arroz costarriquenho (Imagem: Reprodução)

Chancleta: Uma batata recheada parecida com a servida nos restaurantes australianos. Na Costa Rica, ela faz a linha mais saudável, sendo servida comum queijo menos calórico e um recheio com muitos legumes.

Chicharrones: Pode ser considerada uma versão costarriquenha do torresmo. Opedaços de carne de porco fritos na própria gordura. A proteína faz parte do chifrijo, prato típico no qual os chicarrones são servidos junto ao "pico de gallo", molho tradicional a base de tomate picado, coentro, pepino, limão e alho.

Democrático, mas dependente

Apesar de ter um elevado IDH, uma democracia sólida e ainda ter abolido o exército, a Costa Rica enfrenta o mesmo problema do Brasil: crescimento dos índices de violência. Em 2017, foram 12,1 homicídios para cada 100 mil habitantes. Mesmo assim, se encontra distante de países como Honduras (42,8) e Guatemala (26,1).

Outra semelhança é a forma pela qual o Estado enfrenta a criminalidade: com fortes investimentos fortemente em segurança focados em equipar a polícia com armamento cada vez mais pesado, importando o modelo estadunidense. Essa questão, assim como a econômica, revelam uma dependência em relação aos EUA.

Mesmo com uma democracia bem estabilizada, a Costa Rica se demonstra frágil economicamente, dependendo bastante dos EUA. Em números de 2014, 38,4% dos produtos exportados vão para o país de Trump e, de lá, chegam 44,4% das importações.

A dependência iniciou quando a Segunda Guerra mundial fechou o mercado europeu e se intensificou em 1980, quando a moratória da dívida externa do país foi apertada.

Além disso, o então presidente dos EUA Ronald Reagan, buscando derrotar a revolução popular ocorrida no Nicarágua entre 1979 e 1990, e realizada Frente Sandinista de Libertação Nacional, permitiu que os produtos centro-americanos entrassem no mercado dos EUA livres de impostos. Isso ajudou a Costa Rica a superar a crisa causada pela dívida, mas impediu a diversificação dos parceiros comerciais.

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