Ivete Sangalo foi a convidada de Serginho Groisman no quadro Linha do Tempo do Altas Horas, sábado (2). Amigos que são, a cantora baiana se sentiu à vontade para falar abertamente sobre assuntos que nunca disse antes em entrevista alguma.
Ao repassar a história de Ivete, o apresentador comentou sobre as perdas do pai e do irmão dela - o primeiro faleceu em julho de 1988, devido a um infarto, e o segundo, meses depois, em janeiro de 1989, por causa de um acidente. Ivete comentou que os acontecimentos abalaram a família - sobretudo, sua mãe, que evoluiu para um quadro de depressão - e resultou numa adolescência de dor e amadurecimento forçado, em contraponto à infância feliz.
A baiana revelou, ainda, que, como sempre cantou, por morar numa família musical, não tinha pretensões em fazer carreira como cantora, pois já era. Mas sonhava com outras profissões, como dentista. Até que, para ajudar nas despesas de casa, decidiu cantar na noite de Salvador, marcando assim o início da sua carreira. "O ponto de partida foi a necessidade de ajudar a minha mãe."
Mais pra frente, ainda sobre o início da carreira, Ivete contou que recebia R$ 150 por show quando estava à frente da Banda Eva - ela foi vocalista do grupo por seis anos, de 1993 a 1999, quando saiu para tocar carreira solo. E mais: que à época de um AVC sofrido pela mãe, para poder pagar os custos com o hospital, teve de pedir dinheiro emprestado à Banda Eva, o que lhe custou shows e mais shows até conseguir pagar a dívida. "Foi um ‘ranca couro’, mas valiosíssimo para mim. Ali encontrei meus primeiros fãs."
