26ª Cavalgada à Pedra do Reino mantém conto de Suassuna presente no imaginário popular sertanejo

Victor Augusto
Victor Augusto
Publicado em 29/05/2018 às 11:56
Rainha Julia Menezes e Rei Anderson Maia na 26ª Cavalgada à Pedra do Reino (Imagem: Divulgação)
Rainha Julia Menezes e Rei Anderson Maia na 26ª Cavalgada à Pedra do Reino (Imagem: Divulgação)

Foi realizada, entre 25 e 27 de maio, a 26ª Cavalgada à Pedra do Reino em São José do Belmonte. A tradicional festa interiorana teve como tema "Aclamação a Imperatriz da Pedra do Reino: dona Zélia Suassuna" e contou com shows gratuitos no pátio de eventos da cidade , feira gastronômica e de artesanato e outras manifestações culturais.

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Quem subiu ao trono esse ano foram os belmontenses Anderson Maia e Júlia Menezes. Durante o festejo, foi realizada mais uma edição da Cavalhada Zeca Miron, que realiza a tradicional disputa de argolinhas entre os times azul e encarnado, representando os mouros e os cristãos. Edízio Barros foi homenageado como rei da Cavalhada pela Associação Cultural Pedra do Reino.

Rei Edízio Barros e rainhas Maria Clara Lucas e Ana Beatriz de Moura (Imagem: Divulgação) Rei Edízio Barros e rainhas Maria Clara Lucas e Ana Beatriz de Moura (Imagem: Divulgação)

Cavalgada à Pedra do Reino, reprodução de Camelot na Caatinga

A festa que acontece em São José do Belmonte reproduz o universo criado por Ariano Suassuna no livro A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971). Nele, o autor cria um universo lúdico, que mistura elementos da cultura popular sertaneja e medievais, criando uma espécie de Camelot ou a Mancha imaginada por Dom Quixote.

A história é narrada por Dom Pedro Dinis Ferreira-Quadrena, que se proclama "Rei do Quinto Império e do Quinto Naipe, Profeta da Igreja Católico-Serteneja e pretendente ao trono do Império do Brasil". O personagem fictício é descendente do líder da seita da Pedra do Reino, que realmente existiu entre 1835 e 1838 na Serra do Catolé, que pertence a São José do Belmonte.

 

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