Dia da Literatura Infantil: Livros para alimentar a imaginação dos pequenos

Victor Augusto
Victor Augusto
Publicado em 18/04/2018 às 10:31
Dia da Literatura Infantil é comemorado no dia 18 de Abril (Imagem: Reprodução)
Dia da Literatura Infantil é comemorado no dia 18 de Abril (Imagem: Reprodução)

Neste 18 de abril é comemorado o Dia da Literatura Infantil. A data é uma homenagem a Monteiro Lobato, um dos maiores nomes do cenário nacional, que nasceu há exatos 135 anos. Ficou com vontade de visitar a livraria ou o sebo? Confira livros essenciais para alimentar a imaginação dos pequenos e a educação deles mais lúdica.

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"O Pequeno Príncipe", Saint-Exupéry (1943)

Apesar daquele velho preconceito contra O Pequeno Príncipe (parte por culpa das misses e dos adultos ranzinzas), ele é uma das leituras mais gostosas para os pequenos. Imersa em um universo composto por asteroides e planetas que não possuem força gravitacional suficiente para segurar a imaginação, a história do livro ensina de forma lúdica o desenvolvimento das relações pessoais.

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Curiosidade 1: Monteiro Lobato escrevia para adultos, mas enveredou pelo

universo infantil a partir de uma inquietação: seus filhos não tinham

autores que dedicassem seu tempo para histórias infantis com

histórias, cenários e personagens brasileiros


"Reinações de Narizinho", Monteiro Lobato (1920)

Reinações de Narizinho foi a primeira obra para crianças feita pelo homenageado do Dia da Literatura Infantil. Lançado em 1920, com o título A Menina do Narizinho Arrebitado, o livro não demorou para fazer sucesso e logo o universo da trama se expandiu, dando origem aos famosos contos que se passam no Sítio do Pica Pau Amarelo.

"Caçadas de Pedrinho", Monteiro Lobato (1933)

Mais um do homenageado do Dia da Literatura Infantil: Caçadas de Pedrinho foi lançado em 1933, também a partir de uma inquietação de Monteiro Lobato. Dessa vez, o autor estava preocupado com o crescimento das áreas urbanas no Brasil e o encolhimento do conhecimento de crianças e adultos sobre as áreas rurais e a vida no campo.

O livro mostra as aventuras do personagem Pedrinho, um garoto que precisa inventar formas de se divertir, ao mesmo tempo que está em um contato maior com a natureza.

A leitura se torna mais válida dada a realidade das crianças que fazem parte da chamada "geração Z", que não conheceram uma época onde smartphones e consoles de games não eram o centro das atenções e as primeiras opções de divertimento.

Contos de Grimm, Jacob e Wilhelm Grimm (1810 e 1857)

Ideal para crianças entre quatro e seis anos, os Contos de Grimm é um clássico que reúne algumas das mais famosas histórias e contos. A primeira edição foi lançada em 1810 e contava com 50 histórias diferentes. A segunda, de 1857, teve esse número expandido para 130. Nessa coleção, é possível encontrar contos como "A Branca de Neve" e "Os Músicos de Bremen", que deu origem a "Os Saltimbancos".


Curiosidade 2: Os irmãos Jacob e Wilhelm Grimm começaram a escrever e reunir

os contos como uma resposta contra o domínio de Napoleão Bonaparte pela Europa. A

intenção era mostrar contos alemães com inspiração nacionalista e educar

crianças, pregando o amor ao próximo e a solidariedade.


Vinte Mil Léguas Submarinas, Júlio Verne (1870)

Submarino Náutilus Submarino Náutilus

Fruto da imaginação do visionário Júlio Verne, o livro lançado em 1870 previu  invenções que nem o próprio autor conseguiu presenciar, uma vez que faleceu em 1905. Clássico da ficção científica, Vinte Mil Léguas Submarinas conta a história  do professor Aronnax e Ned Land, que são prisioneiros do Capitão Nemo a bordo do submarino Náutilus. A partir dele, os personagens e o leitor presenciam animais fantásticos e outras aventuras, originários da riqueza do mundo marinho e da imaginação do autor.

A edição da Zahar conta, além do texto integral, com ilustrações que podem prender os olhos dos pequenos por horas.

"Grande Sertão: Veredas" em quadrinhos: Adaptação da obra de Guimarães Rosa (1956)

"Grande Sertão: Veredas" é adaptado para HQ "Grande Sertão: Veredas" é adaptado para HQ

Claro que Grande Sertão: Veredas não é livro para criança. O livro de Guimarães Rosa, publicado em 1956, é fruto do movimento modernista brasileiro, que buscou retratar os vários "Brasis" que cabiam dentro do Brasil. A obra, que conta a história de Riobaldo entre suas inquietações filosóficas, jagunços, "volantes" e conflitos que marcam o sertão até os dias atuais, foi publicada com 600 páginas e nenhum capítulo.

Mas nesse Dia da Literatura Infantil, vale a pena ressaltar que há uma adaptação do clássico nacional para o universo dos quadrinhos trouxe a oportunidade para as crianças mais grandinhas acompanharem uma história incrível a partir de imagens. Mais importante ainda, a leitura pode ajudar no processo da criação e incorporação da identidade regional dos adolescentes nordestinos, que consomem, majoritariamente, HQs estrangeiras.

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